Com o objetivo de garantir a preservação de um dos maiores patrimônios naturais do município, a Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Biguaçu (Famabi), vai apresentar em audiência pública à população a proposta de transformar a Cachoeira do Amâncio em uma unidade de conservação, na categoria Monumento Natural (Mona). A audiência está marcada para o dia 3 de novembro, às 19h, no salão da Igreja Nossa Senhora Aparecida de Sorocaba de Dentro, região onde está localizada a cachoeira.
Pela proposta da Famabi, a área que abrangeria o Mona da Cachoeira do Amâncio terá 431.171 m², incluindo as quedas d´água e o entorno, sendo que a gestão ficaria sob responsabilidade da própria fundação municipal.
Os objetivos para a criação da área de conservação do Amâncio são reforçar os mecanismos de proteção dos atributos naturais de Mata Atlântica; conservar a paisagem local por sua relevância geológica e beleza cênica; conservar os remanescentes de vegetação ciliar e abrigos de fauna; proteger os recursos hídricos importantes para o abastecimento municipal; ordenar o uso do território para conservação dos atributos naturais, da atratividade turística e do patrimônio coletivo; promover a educação ambiental e a recreação em contato com a natureza; organizar a visitação turística e garantir a segurança dos usuários e do ambiente natural.
A região do Amâncio está localizada em Área Prioritária para Conservação, segundo o Plano Municipal da Mata Atlântica, aprovado pela Resolução do Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMDEMA) nº 03 de 2018. Além disso, a cachoeira foi reconhecida como uma das “Sete Maravilhas de Biguaçu” pela Lei Ordinária nº 3351/2013, que declara como de interesse social as Cachoeiras do Amâncio em toda a sua extensão, colocando-as sob a proteção do município.
Se aprovada a proposta, a Cachoeira do Amâncio se somará a outros 63 monumentos naturais espalhados pelo país, tendo como exemplos a Galheta e a Lagoa do Peri, em Florianópolis, e os Morros do Pão de Açúcar e Urca, no Rio de Janeiro.