Um acordo entre os poderes Executivo e Legislativo de Biguaçu está em andamento para que sejam retomadas as obras do prédio da Câmara de Vereadores. A construção está parada há quatro anos por falta de recursos no orçamento da Casa de Leis para concluir a edificação. Mas isso pode mudar em breve, pois informações de fonte segura dão conta que cerca de R$ 3 milhões foram inseridos na previsão de orçamento do município para os anos de 2018 (R$ 2 milhões) e 2019 (R$ 1 milhão) com essa finalidade.
O prefeito Ramon Wollinger e o presidente do Poder Legislativo, Ângelo Ramos Vieira, ambos do PSD, estão em constastes tratativas no intuito de resolver a questão. Essas negociações estão ocorrendo após Vieira contratar – no começo deste ano – uma empresa de consultoria em engenharia para fazer um laudo apontando o real valor para findar a sede. Em agosto, a Oliveira Prazeres Engenharia entregou o estudo apontando a necessidade de R$ 2,665 milhões – bem menos do que os quase R$ 5 mi pedidos pela empresa que tem o contrato para fazer a empreitada. Se construtora não aceitar concluir no preço apurado, a Câmara poderá fazer a rescisão e uma nova licitação. O laudo dá embasamento jurídico para isso.
A obra de seis pavimentos está sendo feita em tamanho superior às necessidades do Legislativo. Dessa forma, o prédio poderia ser usado também para abrigar secretarias do Poder Executivo. Estima-se que isso iria gerar uma economia milionária a cada mandato de quatro anos, valor superior a R$ 2 milhões – juntando os alugueis pagos pelo Executivo e o Legislativo. Daí o interesse do prefeito em fazer a parceria para a conclusão da sede. A atual administração municipal quer eliminar o custo com locação de salas.
Além da economia, outro fator que pode contribuir para se chegar a um acordo é a possibilidade de colocar todas as secretarias e órgãos municipais em um único local. Atualmente, há secretarias espalhadas em locais diferentes, o que acaba dificultando a vida do contribuinte. Com um “centro administrativo” no referido prédio, a maioria dos serviços públicos ficaria em um único local, dando agilidade no atendimento.