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O que você faz quando quebra um copo de vidro em casa? Ou quando toma uma injeção e tem de descartar a agulha? Com certeza, o destino desses materiais será o mesmo do restante dos rejeitos de todos os lares, não é mesmo? O lixo. Mas é uma preocupação sua a forma de como acondicionar esse objeto perfurocortante, a fim de não machucar o profissional que coletará o saco de lixo que sai da sua casa?
Identificar e separar esses resíduos classificados como perigosos são funções de todos nós, sejamos pacientes, um morador convencional, profissionais em farmácias ou em hospitais. Além da separação do material por grupo; se cortante, infectante, radioativo ou reciclável; devemos nos preocupar com o encaminhamento e o tratamento que será dado a esses resíduos, a fim de que, uma vez descartados, não oferecerão riscos à saúde pública.
Em caso de cacos de vidro, basta enrolá-los em uma boa quantidade de jornais, ou acondiciona-los dentro de uma caixa de papelão e identifica-los na lixeira como “material cortante”. O coletor de resíduos com certeza agradecerá. Apesar de o profissional popularmente chamado de gari fazer o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) para proteção contra riscos que ameacem sua segurança e saúde; como luvas especiais, bota e protetor auricular; pode acontecer de ele se machucar caso objetos perigosos estejam escondidos ao meio do lixo comum.
Agulhas e seringas – descarte correto
Outro cuidado especial devem tomar os pacientes diabéticos, por exemplo, que fazem aplicações diárias de insulina em casa, ou seja, descartam todos os dias seringas e agulhas, que devem ser devidamente acondicionadas e encaminhadas à unidade de saúde mais próxima, para que siga ao tratamento adequado. No PGR (Parque de Gerenciamento de Resíduos) administrado pela Proactiva Meio Ambiente, em Biguaçu, o popular lixo hospitalar sofre um processo diferente do lixo comum. Ele passa pela autoclave, processo de esterilização, em que todo o material é elevado a altas temperaturas e pressão.
“O processo elimina a sobrevivência de qualquer bactéria ou vírus, como o da hepatite, por exemplo, que não resiste a temperaturas acima de 130 graus. Além disso, temos um eficiente sistema de controle ambiental, de filtros biológicos para controle do vapor de saída e tratamento dos líquidos gerados pelo processo de esterilização”, explica a engenheira sanitarista da Proactiva, Fernanda Vanhoni.