A produção da indústria automobilística subiu de 213,7 mil unidades em dezembro do ano passado para 216,8 mil em janeiro de 2018, o que representa um aumento de 1,5%. Os números foram divulgados nesta terça-feira, em São Paulo, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Na comparação com janeiro de 2017, a elevação foi de 24,6% e, nos últimos 12 meses, de 24,7%.
“Os números da produção, em janeiro, mostram tendência positiva. Desde janeiro de 2016, voltamos a crescer no mês e já estamos em 217 mil [veículos], que é a média dos últimos dez anos. Estamos saindo da fase depressiva do mercado e indo para números mais importantes” afirmou Antonio Megale, presidente da Anfavea.
As vendas de veículos no país caíram 14,7% em janeiro deste ano, na comparação com dezembro último. Elas passaram de 212,6 mil unidades para 181,3 mil. Comparando com janeiro de 2017, entretanto, houve elevação de 23,1%, e nos últimos 12 meses, de 11,3%.
“Esperávamos que houvesse uma redução em janeiro, porque os dois primeiros meses do ano são os meses com menor venda, porque o ano está começando. Mas, quando se compara com janeiro do ano passado, o crescimento é expressivo. Não dá para comemorar muito porque a base de janeiro do ano passado era muito baixa, foi o menor número desde 2006”, disse o presidente da Anfavea.
Exportações caem em janeiro
As exportações de veículos montados caíram 23,1% em janeiro, na comparação com dezembro, ao atingir 47 mil unidades. Em dezembro, foram 61,1 mil. Já na comparação com janeiro do ano passado, a comercialização de veículos no mercado externo acusou aumento de 23,6%.
“A queda registrada é normal de dezembro para janeiro. Mas janeiro foi o melhor da história. Quando observamos a média desse mês, já há crescimentos expressivos do que nos outros anos. Estamos bem encaminhados para superar as metas do ano passado”, observou.
Segundo dados da Anfavea, o emprego no setor automobilístico passou de 128,2 mil postos de trabalho em dezembro de 2017 para 128,9 mil em janeiro de 2018, uma elevação de 0,5%. Ante janeiro de 2017, quando havia 126,8 mil postos ocupados, o setor registrou aumento de 1,7%.
“De gota em gota, estamos conseguindo subir um pouquinho. A queda do desemprego no setor [foi motivado] por pessoas que estavam em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) e voltaram para as fábricas. Em dezembro, tínhamos 1.885 pessoas em lay-off e esse número caiu para 1.721 em janeiro”, finalizou.