O projeto de lei que autorizava a Secretaria de Educação de Biguaçu a contratar técnicos em educação com ensino médio – habilitados em magistério – foi “engavetado” e não será mais colocado em pauta.
A proposta já havia sido aprovada em 1ª votação e aguardava apenas a 2ª confirmação dos vereadores para ter validade.
O texto foi retirado do Poder Legislativo nesta segunda-feira à tarde, pela secretária de Educação, Márcia Rodrigues Azevedo, após uma reunião com o presidente da Câmara de Vereadores, Vilson Norberto Alves (PP), e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Biguaçu (Sintramubi), Jorge Eduardo Silva. “O Sindicato pediu a retirada e a Câmara aceitou”, disse Márcia, ao Biguá News.
O projeto abrindo espaço para que pessoas com ensino médio pudessem ser contratadas para tais vagas foi encaminhado na última segunda-feira (14), para análise dos vereadores. O Sintramubi criticou a propositura, argumentando que haveria danos à qualidade do ensino na rede municipal, deixando de contratar pedagogos para os cargos de técnico em educação, para contratar pessoas com ensino médio para essa função.
A secretária ainda argumentou que a retirada da exigência de formação superior em Pedagogia para o cargo de técnico em nada prejudicaria a qualidade do ensino da rede municipal, pois os contratados atuariam em funções administrativas e como auxiliares dos professores.
Márcia chegou a afirmar que os técnicos em educação não ministrariam aulas e apenas substituiriam os professores em caso de alguma urgência momentânea. Atualmente, há 18 vagas em aberto para o cargo de técnico em educação – que não foram preenchidos após dois processos seletivos consecutivos. O salário é de R$ 1.8 mil para trabalhar 40 horas semanais.