O governador em exercício de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), recebeu, nesta quinta-feira (25), o documento que representa, pelo oitavo ano consecutivo, o consenso entre empresários e trabalhadores catarinenses para os novos valores do piso regional. O percentual de 2,95% de reajuste salarial será aplicado em todas as quatro faixas salariais que compõem o piso salarial estadual. A primeira faixa passou de R$ 1.078 para R$ 1.110; a segunda de R$ 1.119 para R$ 1.152; a terceira subiu de R$ 1.179 para R$ 1.214, e a quarta de 1.235 para R$ 1.271.
O governo do Estado deverá encaminhar a proposta em regime de urgência para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) para que seja homologada. A agilidade nesse processo é importante para que os novos valores possam ser incorporados à folha de pagamento dos trabalhadores envolvidos na negociação, retroativos a 1º de janeiro de 2018.
“Santa Catarina mais uma vez dá um exemplo de maturidade nessa relação entre a classe patronal e os trabalhadores, e isso é reflexo do que o nosso estado está demonstrando nesse período tão difícil para o país, a estabilidade jurídica, a sociedade ajudando o Governo a superar os desafios. Este está superado”, parabenizou Eduardo Moreira.
O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, informou que depois de uma ampla negociação, ficou definido, em consenso, os 2,95% de reajuste salarial, percentual referenciado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e que representa aumento real de quase 50% sobre a inflação registrada de 1º de janeiro a 1º de dezembro de 2017, que fora de 2,07%.
Côrte reforçou que Santa Catarina é um exemplo para o país na forma como conduz a negociação. “O acordo também representa o esforço do setor empresarial de buscar avanços na remuneração dos trabalhadores, sobretudo na atual conjuntura econômica dos último anos”, comemora.
Também participaram da reunião o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Sustentável (SDS), Carlos Chiodini; o diretor da Federação dos Trabalhadores no Comércio (FECESC), Ivo Castanheira; e representantes de classes sindicais e de trabalhadores.
Novos valores por faixas que integram o mínimo regional em SC
Primeira faixa: R$ 1.110,00
Trabalhadores: na agricultura e na pecuária; nas indústrias extrativas e beneficiamento; em empresas de pesca e aquicultura; empregados domésticos; em turismo e hospitalidade; nas indústrias da construção civil; nas indústrias de instrumentos musicais e brinquedos; em estabelecimentos hípicos; e empregados motociclistas, motoboys, e do transporte em geral, excetuando-se os motoristas.
Segunda faixa: R$ 1.152,00
Trabalhadores: nas indústrias do vestuário e calçado; nas indústrias de fiação e tecelagem; nas indústrias de artefatos de couro; nas indústrias do papel, papelão e cortiça; em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas; empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas; empregados em empresas de comunicações e telemarketing; e nas indústrias do mobiliário.
Terceira faixa: R$ 1.214,00
Trabalhadores: nas indústrias químicas e farmacêuticas; nas indústrias cinematográficas; nas indústrias da alimentação; empregados no comércio em geral; e empregados de agentes autônomos do comércio.
Quarta faixa: R$ 1.271,00
Trabalhadores: nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico; nas indústrias gráficas; nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana; nas indústrias de artefatos de borracha; em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito; em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade; nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas; auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino); empregados em estabelecimento de cultura; empregados em processamento de dados; empregados motoristas do transporte em geral; e empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.