A deputada estadual Ana Paula da Silva, a “Paulinha” (Podemos), está sendo acusada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) de ter recebido suposta propina entre 2014 e 2015, quando ela era prefeita de Bombinhas, e de fazer a lavagem do dinheiro através da compra de um apartamento no valor de R$ 450 mil. A ação também alcança o atual prefeito da cidade, Paulo Dalago Müller, o “Paulinho” – que era vice de Paulinha na época dos fatos. A informação foi revelada pelo SC em Pauta, na manhã desta sexta-feira (15).
De acordo com a reportagem, o promotor de Justiça da Comarca de Porto Belo, Fabiano Francisco Medeiros, ofereceu denúncia contra ambos e também contra os sócios da empresa Say Muller Serviços Ltda, que fora contratada para a execução dos serviços de coleta de resíduos sólidos e, depois, de lixo reciclável. Argumenta o representante do MPSC que o contrato foi realizado com dispensa de licitação e que os preços foram majorados. Atesta ainda que a documentação anexada na denúncia comprovaria o suposto pagamento de propina da Say Muller para Paulinha e Paulinho.
A suposta propina teria sido “lavada” por meio da compra de dois apartamentos em Bombinhas. Paulinha adquiriu um imóvel no Residencial Mirela, em negócio firmado no valor de R$ 450 mil. Já Paulinho comprou um apê no Residencial Yasmin, por R$ 600 mil. A ação protocolada na Justiça detalha como os bens teriam sido pagos, com entrada à vista, parcelas e “balões” no decorrer dos meses seguintes. Segundo o promotor Fabiano Medeiros, os pagamentos das parcelas foram feitos pela empresa Say Muller.
Tanto Paulinha quanto Paulinho negam as acusações. Eles se dizem vítimas de suposta calúnia de um policial militar que atuava no município e de perseguição política do promotor de Justiça.
Leia a reportagem na íntegra no SC em Pauta.