Cristiana Lobo
O líder da bancada do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), atribui a “futrica de interessados” a informação dando conta de que seu partido, a exemplo de outros aliados, iria trocar seus representantes na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de modo a assegurar a vitória de Michel Temer na primeira etapa de votação da denúncia oferecida contra o presidente.
O líder disse que não haverá substituições e que dos sete tucanos na comissão, pelo menos cinco irão votar pelo andamento da denúncia contra Temer. A primeira votação pode acontecer nesta semana, mas, independentemente do resultado, o pedido de afastamento necessariamente vai a voto em plenário. O governo tenta assegurar maioria na CCJ porque considera isso simbólico.
“Eu não troco ninguém”, disse o líder.
Da mesma forma, Trípoli negou que haja movimento da bancada para destituí-lo da liderança por defender que o PSDB saia do governo. Segundo ele, deputados que querem continuar na base enviaram mensagem reafirmando apoio a ele, mesmo com posição divergente. Segundo Trípoli, não existe coleta de assinaturas para tirá-lo da liderança, pois este método não faz parte da cultura do PSDB, como também não faz, segundo ele, a troca de membros em comissão para assegurar apoio ao governo.
Ele confirmou reunião em São Paulo nesta segunda-feira (10) para discussão sobre os rumos do partido. O anfitrião será o governador Geraldo Alckmin que, segundo Trípoli, também manifestou apoio à sua permanência na liderança da bancada na Câmara.