As roupas que Cirilo Oldato Júnior, de 30 anos, usava quando saiu para pescar com dois amigos no sábado (8) foram encontradas em uma praia na região de Biguaçu, na Grande Florianópolis, como mostrou o RBS Notícias de segunda (10). O barco onde os três estavam começou a afundar e Cirilo entrou na água para pedir ajuda. A informação é do G1.
Após dois três dias, a família ainda espera que ele seja encontrado com vida. “Todo mundo tem esperança, todos nós estamos aguardando. Agora, aparecem essas roupas no costão, quer dizer… tudo que vier agora é lucro”, disse o pai do jovem, Cirilo Oldato.
O Corpo de Bombeiros trabalhou no domingo (9) e na segunda-feira a procura de Cirilo, com embarcações e até helicóptero, mas até o início da manhã desta terça (11) não havia novidades.
De acordo com o Grupamento de Buscas e Salvamento (GBS), devido ao vento forte que deixou o mar muito agitado nesta terça, a corporação chegou a cogitar atrasar por algumas horas o recomeço do trabalho, mas a guarnição acabou por voltar ao local do desaparecimento no início da manhã.
Esperança
O pai, as irmãs e os tios de Cirilo passaram a tarde de segunda-feira com os olhos no mar. O rapaz é pintor, mas costuma sair para pescar de vez em quando. No sábado, ele foi para a água com dois amigos em um barco de alumínio.
Os dois homens que conseguiram voltar relataram à RBS TV que o motor do barco enroscou em uma rede deixada no mar para pesca, o que o impediu de sair do lugar. Como o mar estava muito agitado, a água começou a entrar rapidamente.
“Nós estávamos com as boias, só que a água entrou e ele se apavorou, se agarrou na bombona (de pesca) e saiu nadando”, disse o comerciante Daniel José, que estava com Cirilo no barco.
Único que sabia nadar
Cirilo é o único dos três que sabe nadar e, segundo os amigos, pretendia ir até a costa para pedir ajuda. “Não tinha como pedir socorro, porque não havia celular ou rádio nem qualquer outro meio de comunicação”, explicou o tenente André Canever, do Corpo de Bombeiros.
Quando a rede enroscou no motor, o barco estava a cerca de dois quilômetros da costa. Segundo a família, os três amigos nunca haviam ido tão longe. O barco com os outros dois homens foi levado pelo mar para uma praia de Biguaçu a 10 quilômetros do local onde começou a afundar.
Desde domingo (9), os bombeiros fazem sobrevoos na região e buscas com um bote inflável, mas o vento tem deixado o trabalho mais difícil. “Fazer o quê? O cara tem que ser forte, ficar aguardando para ver o que pode acontecer”, lamentou o pai de Cirilo.