Em 2019, Santa Catarina registra 20 registros da doença meningocócica, meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis. O número é considerado dentro do previsto para o período, e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina acompanha de perto as notificações da doença no estado.
A doença meningocócica é rara. Em 2019, houve um caso para cada 350 mil habitantes, aproximadamente. “Sabemos que é uma doença que causa pânico e comoção na população e, com isso, muitas informações desencontradas são divulgadas. O fato é que os casos registrados da doença registradas em Santa Catarina ainda estão dentro do já esperado para o período do ano. Não há surto”, frisa o médico infectologista da DIVE, Fábio Gaudenzi.
De acordo com ele, os profissionais de saúde fazem a notificação imediata quando identificam com um paciente com meningite. “A partir daí, o caso já passa a ser investigado para que a equipe de saúde possa tomar as providências, dando o tratamento mais adequado de acordo com o agente causador”, explica o médico.
Cuidados
O fato de não haver surto, no entanto, não significa que a população possa se descuidar. Os cuidados básicos continuam sendo necessários. As meningites bacterianas e virais demandam ações semelhantes àquelas adotadas para a prevenção da gripe, como evitar ambientes fechados, respeitar a etiqueta da tosse e manter as mãos higienizadas
A meningite meningocócica é transmitida por meio das vias respiratórias, no contato próximo com secreções, gotículas do nariz e da garganta expelidas pela fala, tosse e espirro. A propagação é facilitada em ambientes fechados e/ou sem ventilação. Pessoas residentes na mesma casa, que compartilham dormitórios ou alojamentos estão suscetíveis ao contágio que também pode ocorrer em creches, escolas, acampamentos ou locais em que há aglomeração de pessoas.
Medidas de prevenção
Por ser uma doença de transmissão respiratória de pessoa a pessoa através de gotículas,as principais medidas de prevenção são:
– evitar aglomeração;
– manter locais arejados, ventilados e sempre que possível ensolarados;
– manter higiene pessoal e de utensílios;
– lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia;
– ao visitar bebês, lavar as mãos e usar álcool 70%;
– não visitar bebês se estiver resfriado ou com febre;
– manter a caderneta de vacinação em dia.