A SCGás está reajustando a tarifa de gás natural neste mês. Mas mesmo com a alta, a companhia continua com a tarifa mais competitiva do país no segmento industrial, principal consumidor no Estado.
O reajuste, regulado pela Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc), será dividido em duas etapas, ambas neste mês de julho. A primeira entrou em vigor no último sábado, dia 1º, e a segunda passará a valer a partir do dia 22. As duas decisões somadas reajustarão na média as tarifas de gás natural em 9,8% para os consumidores industriais, 10,4% para o mercado comercial, 10,6% para o segmento residencial e 9,8% para o GNV. O aumento deve-se à alta no custo do transporte do gás e no valor do próprio insumo, entre outros fatores.
“Temos ciência de que no atual momento econômico do país qualquer notícia de aumento de custos não é positiva. Mas, o ponto que merece ser ressaltado é que continuamos praticando a tarifa industrial mais competitiva do país com significativa diferença em relação aos demais estados e isso favorece nosso mercado e sociedade”, afirma o presidente da SCGás, Cosme Polêse.
Em comparação com os demais estados, Santa Catarina mantém a menor tarifa nas diferentes faixas de atendimento ao setor industrial, que variam conforme a quantidade de gás consumida por dia. No grupo que consome 180 mil metros cúbicos por dia, por exemplo, Santa Cataria passa a cobrar uma tarifa de R$ 0,9025, valor 30% menor do que o segundo colocado (São Paulo, com R$ 1,3045) e 44,8% menor do que o último colocado (Sergipe, com R$ 1,6343).
Em todas as outras faixas de consumo do setor industrial, a diferença da tarifa de Santa Catarina supera os 27% na comparação com os segundos colocados, e passa dos 43% com relação aos últimos colocados. No setor comercial, a comparação varia muito diante dos diferentes grupos de consumo.
A SCGás informa, ainda, que com o reajuste de julho, a tarifa de gás natural praticada pela companhia aos postos de combustíveis será de R$ 0,9976/m³, a menor do país, e às residências de R$ 2,5474/m³. As tarifas do segmento de geração distribuída criado em dezembro do ano passado não sofreram reajustes.
Antes de julho, os reajustes mais recentes nas tarifas foram as reduções realizadas em janeiro de 2017 e julho de 2016. No ano passado, a diminuição havia sido em média 14%, enquanto esse ano foi de 24%. O próximo reajuste está previsto para janeiro de 2018.