A Defesa Civil terá, nos próximos meses, um mapeamento de referência sobre áreas vulneráveis a deslizamentos: o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). As equipes estão mapeando os bairros com drone a partir desta semana, em paralelo a rodadas de reuniões com as comunidades.
O plano é uma iniciativa da Prefeitura de São José, por meio da diretoria de Defesa Civil da Secretaria de Segurança, Defesa Social e Trânsito, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). São José foi uma das 20 cidades brasileiras contempladas com o PMRR, em convênio com o Ministério das Cidades.
“Teremos não apenas um panorama das áreas de risco, mas um plano de ação. O plano vai dar diretrizes das intervenções necessárias para que São José esteja preparada para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, como deslizamentos e enchentes”, explicou a secretária de Segurança, Defesa Civil e Trânsito, Andréa Luiza Grando.
Como funciona o mapeamento
O bairro Forquilhinha foi o primeiro a receber o mapeamento. O senhor Lautério Lafayette foi um dos moradores que observou a captação de drone pela nesta sexta-feira. “Fico contente que estejam olhando para as nossas necessidades. Quando chove a nossa rua fica alagada, prejudicando a nossa passagem”, explica.
De acordo com o professor Everton da Silva o levantamento aéreo cobre de 10 a 15 hectares e leva em torno de 15 a 25 minutos para cobrir o espaço. “Essa etapa vai servir de base para a equipe que vai compor a geologia/geotecnia para identificar as áreas com maior risco. Depois será levantado os dados a campo”, explica.
No fim de semana será a vez do bairro Colônia Santana passar por uma oficina, conscientizando os cidadãos sobre a importância do PMRR. Nos próximos meses, todos os bairros receberão oficinas da Defesa Civil e o mapeamento geotécnico.
Oficina nas comunidades
Neste sábado (26), a equipe do PMRR visitou a comunidade da Colônia Santana no período da tarde, na associação dos funcionários do Instituto de Psiquiatria. Estiveram presentes técnicos da Defesa Civil, representantes do Projeto Periferia Sem Risco, comunidade local e representantes da UFSC.
Dessa vez, para aplicar uma oficina e incentivar os moradores a assumir um protagonismo do Plano, uma vez que vivem na localidade e sabem quais são os pontos mais críticos do bairro.
As explicações ficaram a cargo da professora Janete Abreu, do Departamento de Geociências da UFSC e Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais; professor Harryson Luiz da Silva, do mesmo departamento.