A Secretaria de Estado de Saúde (SES), em conjunto com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), promoveu, na manhã desta quarta-feira, 12, uma entrevista coletiva à imprensa destacando o incentivo à imunização contra o vírus Influenza (gripe).
A 19ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza em Santa Catarina começará no dia 17 de abril e se estenderá até 26 de maio, sendo o dia 13 de maio o dia D de mobilização nacional, conforme o novo calendário anunciado pelo Ministério da Saúde (MS). Em Santa Catarina, 1.864.566 pessoas deverão ser imunizadas este ano.
Durante os dias de 17 a 21 de abril, o Governo do Estado irá priorizar a imunização das pessoas com 60 anos ou mais e dos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. A decisão de iniciar com esse público alvo baseou-se por ser o grupo que mais houve internações e mortes em 2016. Pesou também na decisão o cronograma de distribuição das vacinas anunciado pelo Ministério da Saúde, que prevê o envio de apenas 25% do total de doses até o dia 5 de abril. Além do fato de que esse público representou 72% das internações e 77% dos 108 óbitos notificados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em 2016.
Para o secretário de Estado da Saúde, Vicente Caropreso, a qualquer sinal de sintomas da gripe o paciente deve procurar uma unidade de saúde para receber o tratamento adequado. “Contamos com o apoio de todo o sistema de saúde, municipal e estadual, para fazer um trabalho totalitário. O apelo para que as pessoas, principalmente as dos grupos prioritários, com doenças crônicas e puérperas, compareçam já a partir do dia 17 de abril nas unidades de saúde. Temos certeza de que vamos superar o número do ano passado, o qual ultrapassou os 97%. Estamos confiantes dessa presença maciça da população de Santa Catarina, que é uma média bem superior à taxa de vacinação dos estados do país”, declara.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) alerta para o vírus H3N2, que predominou no inverno do hemisfério Norte e que costuma comprometer mais os idosos e crianças pequenas neste período. De acordo com o superintendente de vigilância em Saúde, o médico infectologista Fábio Gaudenzi, além da vacinação, que tem como objetivo reduzir as complicações e as internações decorrentes das infecções causadas pelo vírus, “a população deve adotar medidas de prevenção para evitar a gripe. Medidas simples de higiene, como lavar as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas que facilitam a transmissão de doenças respiratórias, cobrir a boca com o antebraço ao tossir ou espirrar, sempre utilizar álcool gel”. Ainda segundo Gaudenzi, o Brasil realiza a maior campanha de imunização pública contra a Influenza no mundo, sendo também um dos cinco primeiros países com maior contingente de idosos.
Este ano, o público alvo da campanha foi ampliado a partir da inclusão dos professores do ensino básico e superior das escolas públicas e privadas, que totalizam 94.362 pessoas no estado. Devem também ser vacinados os indivíduos com 60 anos ou mais (população estimada em 670.028 em Santa Catarina), as crianças entre seis meses e menores de cinco anos (384.460), as gestantes (69.968), as puérperas – até 45 dias após o parto (11.490), os trabalhadores de saúde (130.708), os povos indígenas (10.017 pessoas), os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais* (470.671 pessoas), os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e a população privada de liberdade (18.530 pessoas), e os funcionários do sistema prisional (4.332). A meta do Ministério da Saúde é vacinar, pelo menos, 90% dos 60 milhões de brasileiros que compõem o público-alvo.
Novidade de 2017
A novidade para este ano é a inclusão de professores das redes pública e privada no público alvo. Para receber a vacina, basta se dirigir a uma unidade de saúde com sala de vacina. “Os professores precisam apresentar comprovante de vínculo com uma instituição de ensino e as pessoas dos grupos de portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais precisam apresentar prescrição médica com a indicação para a vacina”, explica a enfermeira Vanessa Vieira da Silva, gerente de Imunização da Dive/SC.
Quem pode se vacinar?
Poderão se vacinar todas aquelas pessoas que fazem parte do grupo de risco: pessoas com 60 anos ou mais, grávidas e mulheres até 45 dias depois do parto, crianças de seis meses até cinco anos, portadores de doenças crônicas, trabalhadores da saúde, apenados e pessoas que trabalham no sistema prisional, professores das redes pública e privada, e toda a população indígena. Pacientes já cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem se dirigir aos postos que estão cadastrados. Saiba onde buscar a vacina no site www.gripe.sc.gov.br.
*Indivíduos que apresentem pneumopatias, incluindo asma, cardiovasculopatias, nefropatias, hepatopatias, doenças hematológicas, distúrbios metabólicos, transtornos neurológicos e do desenvolvimento como epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, entre outros, imunossupressão associada a medicamentos, neoplasias, HIV/Aids ou outros, obesidade e pacientes com tuberculose, de todas as formas.