O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Biguaçu (Sintramubi) faz assembleia extraordinária, nesta quarta-feira, a partir das 18h30, no auditório da Biblioteca Municipal, para tratar de questões relativas a direitos dos servidores. Na pauta estão reposição do INPC, pagamento de 1/3 de férias, pagamento das titulações, evolução de carreira no quadro civil, piso nacional do magistério, reajuste do vale alimentação, plano de saúde, e descumprimento do acordo coletivo de 2015.
Após os debates, é possível que seja colocada em análise uma possibilidade de greve geral. “Teremos uma reunião hoje à tarde com a administração, e conforme a quantidade de servidores [na assembleia] e a resposta [da prefeitura] tudo pode ocorrer”, disse, ao Biguá News, o presidente do Sintramubi, Jorge Eduardo da Silva.
Uma manobra do prefeito Ramon Wollinger (PSD) aprovada pelos vereadores foi base para o descumprimento do acordo coletivo do ano passado. A Câmara aprovou um projeto postergando o pagamento da segunda parcela do reajuste dos servidores municipais, de 3,208% (que o Sintramubi afirma ser de 3,37%), para saldar a partir de 1º de março de 2016, incidente sobre os vencimentos do mês de abril de 2015.
Os servidores públicos que não gostaram muito. A primeira parcela, de 5,05% acertada lá no começo do ano passado, fora quitada dentro do prazo, em maio de 2015. Mas os trabalhadores reclamam que, a segunda parte do acordo, que era para ser depositada em novembro de 2015, o prefeito ’empurrou com a barriga’ para pagar depois.
Jorge diz que outro problema a ser solucionado pela Prefeitura é o pagamento de 1/3 de férias. “Nem todos os servidores receberam ainda”, diz o presidente do sindicato. Com relação às titulações, “não estão pagando as dos profissionais do quadro civil”, completa o sindicalista.
Ele comentou que desde meados de janeiro tem procurado a administração municipal para debater esses temas, mas que somente para hoje à tarde conseguiu agendar uma reunião na Prefeitura de Biguaçu.
Outro lado
O secretário municipal de Administração, Willian Lofy, informou que o índice da segunda parcela precisa ser de 3,208%, para não ultrapassar os 8,35% acertados no ano passado. “A segunda parcela não pode ser a soma com os 5,05%. Senão será percentual sobre percentual”, argumentou, afirmando que, com os 3,208%, o reajuste chegará ao total acordado lá no primeiro semestre de 2015.
Atestou, ainda, que todos os servidores receberam, em janeiro, os 1/3 sobre férias, e que os pagamentos das titulações também foram liquidados em janeiro. “E o retroativo de outubro a dezembro em duas parcelas, em janeiro e fevereiro”.
Lofy também comentou que o presidente do sindicato tem sido recebido ‘praticamente toda semana no gabinete’. “Ele [ Jorge ] sabe que todos esses direitos já foram pagos. As únicas coisas que estão pendentes de acerto são o índice de reajuste e evolução de carreira do quadro civil de nível fundamental” , pontuou, ressaltando ainda que o plano de saúde está em estudo desde o ano passado. “Mas ainda não conseguimos encontrar viabilidade financeira sem que haja a contrapartida do servidor”.