O site The Intercept Brasil, que na noite de domingo (9) publicou reportagens sobre conversas entre o então juiz Sérgio Moro – hoje ministro da Justiça – e o chefe da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, já ultrapassou a marca de R$ 104 mil mensais de financiamento coletivo. Até às 12h desta quarta-feira (12), mais 3,7 mil pessoas já haviam assinado cadastro para ajudar mensalmente o portal de notícias.
A modalidade de ajuda financeira optada pelo The Intercept é diferente de assinatura mensal – usada pelos principais sites de notícias do pais. Nesta, os leitores pagam uma quantia por mês para ter acesso ao conteúdo e, quem não é assinante, não consegue ver o que foi publicado.
Já a forma de financiamento do Intercept é baseada na ajuda espontânea de leitores que desejam incentivar o jornalismo investigativo adotado pelo jornal online em questão. O site não cria nenhum bloqueio a não-assinantes. Assim, aqueles que ajudam a custear o projeto contribuem para que as notícias produzidas circulem de forma livre, para acesso de todos.
Os cadastros de apoiadores são feitos através do Catarse, uma plataforma que cria comunidades em torno de vários projetos.
A meta inicial do The Intercept Brasil era conseguir financiamento de R$ 60 mil mensais para custear seu jornalismo investigativo. Isso já foi ultrapassado em 173%. Com os recursos, o site paga seus jornalistas, suas despesas fixas – como aluguel, contas de energia elétrica e internet – e investe em publicidade para aumentar sua base de leitores.
Biguá News analisou o perfil de contribuição mensal dos leitores do The Intercept. Cerca de 2 mil apoiadores pagam R$ 25 por mês ao site e quase 700 contribuem com R$ 50. Há financiadores que enviam R$ 100 e outros R$ 300, isso debitado mensalmente no cartão de crédito.
A página de financiamento do The Intercept pode ser acessada aqui.