Da Assessoria – Na sexta-feira, dia 16 de abril, vereadores da Câmara Municipal de Biguaçu se reuniram com a superintendente da Secretaria Municipal de Saúde, Thayse Rosa. O objetivo do encontro foi buscar informações sobre a situação atual da pandemia de Coronavírus no município. Participaram o presidente da Casa, Ednei Muller Coelho, e os vereadores Cristyan Silveira Prazeres, Israel Gaspar, Lucas Rosa Vieira, Salete Orlandina Cardoso, Sandro Andrade e assessora do vereador Douglas Fernandes de Souza.
Com relação à vacinação, Thayse informou que o município está no modo drive thru, na Univali; e para pedestre, na Igreja Matriz. A faixa etária para a primeira dose está em 63 anos ou mais; e a segunda dose em 71 anos ou mais. “Enquanto o município não chegar em 80% de imunização da população para a segunda dose, os cuidados para evitar o contágio pelo vírus se mantêm. O cenário atual mostra uma queda no número de casos, mas a pandemia tem baixas, o que não significa que não possa subir novamente”, alertou.
A superintendente municipal da Saúde garantiu que, no momento, não há falta de insumos no município para o tratamento de pacientes com Covid. “Ampliamos a rede de oxigênio e foram adquiridos insumos, equipamentos de proteção e teste rápidos. Apesar da falta de medicação de intubação à pronta entrega por parte dos fornecedores, uns 15 dias atrás, bem na alta de casos, não chegou a faltar em Biguaçu, pois tínhamos reserva. Hoje a situação está confortável novamente, mas pode mudar com aumento de casos ou pacientes sendo intubados, pois as medicações são usadas durante todo o período de internação”.
Sugestões
O presidente da Câmara, Ednei Muller Coelho, pediu informações quanto à ocupação da UPA e Hospital de Biguaçu. “Atualmente o município não está com 100% dos leitos ocupados. Assim que assumimos a pasta, procuramos o secretário da Saúde do Estado, na época André Motta, e ampliamos os leitos clínicos de Covid, mas não foi ampliado o número de leitos de UTI. Quanto ao hospital, no momento os atendimentos estão concentrados em pacientes com o vírus, enquanto durar a pandemia. Não há previsão de retorno de cirurgias eletivas”, frisou Thayse.
A vereadora Salete Orlandina Cardoso destacou a importância de criar uma campanha, alertando sobre a manutenção de cuidados após a vacinação. Também pediu informações sobre a situação da cessão de uso do SESC para atendimento de pacientes sintomáticos, citando que o espaço está liberado até junho para o município. Ainda pediu por melhorias nos atendimentos de especialistas em fisioterapia, psiquiatria, psicologia, fonoaudiologia, sendo que há uma demanda reprimida. “Já encaminhei à secretária de Saúde do Estado, Carmen Zanotto, e também para a Secretaria Municipal de Saúde, pedido de criação do centro de recuperação pós-covid, com profissionais da área de educação física”, informou Salete.
A superintendente da Saúde, Thayse Rosa, explicou que a comissão da Covid, formada por servidores da Saúde Municipal e membros do Conselho de Saúde, está produzindo uma série de vídeos de divulgação, sendo que um dos assuntos da pauta visa abordar os cuidados pós-vacinação. “Com relação ao SESC, a instituição já solicitou duas vezes ao município a devolução do espaço. Como nós já sabemos que não será possível manter essa cessão de uso durante todo o tempo da pandemia, conseguimos um aluguel de contêiner por R$ 800, um valor bem abaixo do mercado”, informou Thayse, aproveitando para destacar a vantagem de estar instalado ao lado da UPA, facilitando o encaminhamento de pacientes mais graves.
O vereador Lucas Rosa Vieira apresentou o interesse de profissionais de educação física do município em participar da comissão da Covid. “Quando a gente fala em exercício físico, falamos da inibição de diversas doenças futuras, falamos de qualidade de vida. Alguns malefícios do vírus é justamente danificar algumas funções biológicas, sendo que essas pessoas acabam precisando recuperar por meio de uma fisioterapia, atividade física”, ponderou. Thayse lembrou que antes de integrar a equipe da Secretaria da Saúde de Biguaçu, trabalhava com estudos sobre o vírus. “Nós identificamos que a Covid pode deixar sequelas cardíacas, aumentar as chances de infarto, AVC e, principalmente, depressão”, destacou.