Notícias do Dia – A construção da terceira pista de cada lado da Via Expressa, entre Florianópolis e São José, dá esperança à população de que o trânsito fluirá mais rápido. Mas também gera perguntas: quem vai utilizá-las? A questão está sendo debatida entre estudiosos e órgãos públicos, que irão definir quem vai transitar nas novas pistas.
O primeiro trecho da rodovia, no sentido Ilha-continente, deve ser entregue na primeira quinzena de abril, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Mas o órgão não prevê a liberação para carros.
“A ideia é deixar essa faixa adicional para transporte público coletivo, motos e veículos de urgência e emergência, porque o problema de escoamento aqui em Florianópolis é nos horários de pico. Fora desses horários, vamos resolver a situação”, diz o superintendente do órgão, Ronaldo Carioni Barbosa.
Para o pesquisador de mobilidade urbana da Universidade Federal de Santa Catarina, Werner Kraus Júnior, o trânsito deveria ser liberado somente para o transporte coletivo. “Um ônibus com cem passageiros equivale a uma fila de 500 metros de automóveis. É até desejável que durante alguns momentos a faixa fique meio ociosa, sem tantos ônibus, porque por ali vai passar muito mais gente do que se estivessem em automóveis”, defende.
A opinião diverge da dos motoristas que ficam presos no trânsito diariamente. Eles reclamam que há muitos carros e que a via expressa, que deveria ser rápida, não consegue dar conta do fluxo. Da BR-101 à ponte que dá acesso à Ilha, são quase seis quilômetros, mas muitas vezes o percurso leva cerca de uma hora.