A Transpetro de Biguaçu deve ir a leilão até o mês de março de 2020, segundo estimativas da Petrobrás divulgadas na semana passada, pelo presidente da estatal, Roberto Castello Branco, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. A estrutura faz parte do complexo de distribuição da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), instalada no município de Araucária, na região metropolitana de Curitiba. O combustível refinado lá chega ao terminal biguaçuense por meio de oleodutos e depois é distribuído aos postos da Grande Florianópolis, em caminhões tanque.
Segundo Castello Branco, cerca de 20 empresas já manifestaram interesse em apresentar ofertas no leilão – que além do complexo da Repar, também alienará as refinarias de Abreu e Lima (Pernambuco), Landulpho Alves (Bahia) e a Refap (Rio Grande do Sul). Entre as interessadas estão a Raízen (controladora da Shell) e a Ultra (dona da Ipiranga). A Petro China (estatal chinesa de combustíveis) e companhias de capital aberto dos Estados Unidos, Holanda e Emirados Árabes também fizeram consultas à Petrobras sobre a venda das refinarias e suas distribuidoras.
Biguaçu não perderá nada com a venda da Transpetro. Desde a sua instalação, o terminal paga royalties por compensação financeira à Prefeitura. Dessa forma, seja qual empresa privada venha a comprar a unidade, continuará repassando valores ao município. E, certamente, o comprador não irá retirar a estrutura do local onde está instalado para levar a outra cidade da Grande Florianópolis, devido a todo o custo financeiro e logístico que isso causaria.
De acordo com dados do Portal da Transparência, nos últimos seis anos entraram nos cofres municipais as seguintes quantias de royalties da Transpetro:
- 2018 – R$ 454,2 mil
- 2017 – R$ 296,6 mil
- 2016 – R$ 226,2 mil
- 2015 – R$ 264,2 mil
- 2014 – R$ 352,6 mil
- 2013 – R$ 287,0 mil
Em 2019, o valor atual é de R$ 376,2 mil, com previsão orçamentária de R$ 404,6 mil.