O terminal da Transpetro em Biguaçu poderá constar da lista de ativos a serem vendidos pela Petrobras à iniciativa privada, segundo avaliação do presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR/SC), Mário Dal Zot. A companhia apresentou hoje (19) uma proposta de redução de sua participação no mercado de refino de petróleo no Brasil. Atualmente, a empresa detém 99% da capacidade instalada no país. A privatização incluirá os ativos logísticos das refinarias, o que engloba 12 terminais terrestres e aquaviários.
“Em âmbito regional, o modelo anunciado nesta quinta-feira atinge a refinaria de Araucária (Repar), os terminais aquaviários da Transpetro de Paranaguá (Tepar) e de São Francisco do Sul-SC (Tefran), os terrestres de Biguaçu, Guaramirim e Itajaí, todos em Santa Catarina, além dos Oleodutos Opasc, Olapa e Ospar”, diz Dal Zot, em nota enviada à imprensa esta tarde.
A transferência do controle desses ativos deve levar até o ano que vem para ser concluída, caso a proposta preliminar seja aprovada na diretoria executiva e no conselho de administração da estatal. A estimativa é do presidente da empresa, Pedro Parente, que esteve hoje na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, para discutir a proposta com agentes do mercado de óleo e gás.
A proposta apresentada prevê parcerias em que o controle acionário e a operação de quatro refinarias (duas no Nordeste e duas no Sul) ficará com parceiros privados (60%), enquanto a Petrobras manterá apenas 40% das unidades.
Parente explicou que os blocos foram escolhidos pois já estão em produção, o que aumenta o seu valor em comparação a outras que ainda não produzem, como o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).