Os médicos vinculados à secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis decidiram que estarão mobilizados durante a greve dos servidores públicos para manter o atendimento aos pacientes que não podem ter o tratamento interrompido nas Policlínicas. A decisão foi tomada em assembleia convocada pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC), na noite desta quarta-feira (18). Os médicos também confirmaram que os atendimentos de urgência e emergência continuarão sendo realizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que contará com reforço de médicos de acordo com a demanda.
“O SIMESC apresentou aos médicos a preocupação com o atendimento à população na rede municipal e pede a compreensão e colaboração dos pacientes para que se dirijam para as unidades do Estado, afim de que não haja congestionamento nas UPAs”, orienta o presidente da entidade, Vânio Cardoso Lisboa.
Os médicos também deliberaram por apoiar os servidores municipais em greve desde terça-feira (17). O movimento é um protesto às medidas apresentadas pelo prefeito Gean Loureiro como forma, de acordo com o gestor, de dar eficiência e reduzir as despesas da máquina pública e também contra o parcelamento dos salários de dezembro. Entre as 40 medidas que tramitam na Câmara de Vereadores, as que mais preocupam os médicos são os itens relacionados à revogação do Plano de Cargos Carreira e Salários, a extinção da licença prêmio e a redução da hora extra.
Os atendimentos nos postos de saúde continuam suspensos e os médicos confirmaram participação em atividades programadas pelo movimento grevista comopanfletagens e protestos.
Boca a boca
Dirigentes do Sindicato têm se reunido com vereadores com o objetivo de explicar os impactos nos serviços de saúde em caso da aprovação dos projetos encaminhados pela Prefeitura.
Ofícios serão encaminhados ao prefeito, vereadores, deputados estaduais e federais, e conselhos Municipal e Estadual de Saúde com a solicitação da suspensão da tramitação dos documentos na Câmara Municipal e a imediata abertura de diálogo com os servidores públicos e também com a população.
O SIMESC também protocolará no Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CREMESC) um outro documento informando a situação vivenciada pelos profissionais e o posicionamento da categoria.
Justiça
Outro ponto importante do imbróglio criado nos primeiros dias da nova gestão de Florianópolis e que está gerando grande insegurança e apreensão aos médicos, é o atraso no pagamento dos salários de dezembro de 2016. O Sindicato ajuizou uma ação civil pública com pedido de liminar para que o pagamento seja realizado imediatamente. Até a noite de quarta-feira (18) ainda não havia um posicionamento da Justiça sobre este caso.
Sobrestada
A assembleia dos médicos, iniciada no dia 11 de janeiro e retomada no dia 18, segue sobrestada e poderá ser reconvocada a qualquer momento de acordo com a avaliação do Sindicato sobre o encaminhamento das questões que envolvem os médicos e a prefeitura municipal de Florianópolis.
Assessoria