A Casa Branca informou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (2) novas sanções contra a Rússia. Projeto de lei nesse sentido foi aprovado pelo Congresso norte-americano na semana passada, como punição ao governo de Moscou pela suposta interferência do Kremlin nas eleições presidenciais americanas de 2016, pela anexação da Crimeia pela Rússia (antes território ucraniano) e também pelo apoio do governo de Vladimir Putin ao presidente sírio Bashar al-Assad.
O texto é um dos mais importantes já enviados até agora pelo Congresso à Trump e foi aprovado por maioria, tanto na Câmara dos Deputados (U.S. House of Representatives) quanto no Senado dos Estados Unidos. Foram aprovadas sanções de ordem econômica, que impõem restrições a empresas russas, e punições a cidadãos russos que tenham cometido violações aos direitos humanos, crimes cibernéticos (ataques hackers) e fornecimento de armas ao governo da Síria.
O projeto de lei aprovado pelo Congresso também restringiu a capacidade do presidente Trump de veto, o que para analistas políticos sinaliza um enfraquecimento do governo perante o Parlamento. Na prática, o texto atribuiu ao Congresso o poder de bloquear vetos presidenciais para as sanções determinadas pela lei.
Segundo funcionários da Casa Branca, entrevistados pela imprensa americana, mesmo após ter assinado as sanções o presidente estaria planejando divulgar uma declaração de repúdio ao que ele considera uma tentativa do Congresso de restringir seu poder.
Antes mesmo da assinatura das sanções, o governo da Rússia já havia reagido, após o anúncio da aprovação da lei no Congresso. O presidente Putin determinou a redução do quadro diplomático norte-americano na Rússia em 60%, o que irá reduzir o contingente de 1.200 funcionários dos EUA no país para 755, a partir de setembro.