Os procuradores-gerais de Washington DC e Maryland processaram o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, nesta segunda-feira (12), alegando que ele violou as cláusulas anticorrupção da Constituição, ao aceitar milhões de dólares de governos estrangeiros em pagamentos para suas empresas, de acordo com matéria publicada nesse domingo (11) pelo jornal The Washington Post. A informação é da Agência EFE.
Os dois procuradores-gerais, ambos democratas, baseiam a exigência nos “milhões em pagamentos e benefícios de governos estrangeiros” que Trump recebeu desde que se mudou para a Casa Branca e levando em conta que ele optou por “conservar a propriedade de suas empresas” após assumir o cargo.
Trump transferiu o controle de seu conglomerado empresarial aos dois filhos, Donald Jr. e Eric, para evitar possíveis conflitos de interesse durante o tempo em que ocupar a presidência.
No entanto, o procurador-geral de DC, Karl A. Racine, e o de Maryland, Brian Frosh, consideram que ele “quebrou muitas promessas de separar o dever público dos negócios privados, incluindo receber atualizações regulares sobre a saúde financeira da empresa”.
Se um juiz federal permite que o caso proceda, explicaram os procuradores ao jornal, um dos primeiros passos seria pedir cópias das declarações fiscais de Trump – que ele se negou a tornar públicas até agora – para conhecer até onde vão seus negócios no exterior.
Essa batalha, segundo eles, acabaria provavelmente no Supremo Tribunal, com os advogados de Trump obrigados a defender, pois as declarações fiscais do presidente devem continuar sendo privadas.
A demanda poderia abrir uma nova frente para Trump, em um momento em que lida com a investigação sobre membro de sua campanha que teria confabulado com o governo russo para interferir nas eleições presidenciais do ano passado.