Vereadores receberam, na Câmara de Biguaçu, na tarde de terça-feira (8), o gerente de transporte e tratamentos dos Correios de Santa Catarina, Clovis Cristiano Joaquim, e Ulisses Cândido Martins, agente da empresa. A pauta da reunião foi uma lista de reivindicações para melhoria do serviço no município.
Entre os questionamentos elencados pelo vereador proponente, Douglas Borba (PP), esteve a solicitação de ampliação da área contemplada no roteiro de distribuição das correspondências, além de pedido de instalação de mais caixas coletoras em bairros, principalmente no interior e região Norte do município. Nesses locais, os moradores precisam se deslocar ao centro da cidade para retirar os documentos.
Clovis, que na oportunidade representou a gerência de atendimento, atendendo também questionamento do vereador Elson João da Silva (PSD), explicou que para atender a expansão urbana planejada em Biguaçu tem que ser feito um cálculo de “distritamento”, a fim de verificar se é possível fazer a ampliação com o efetivo atual ou se é necessário promover concurso público para cobrir a demanda.
“Vamos levar essa solicitação para análise dos responsáveis”, disse o gerente. Ele aproveitou para explicar que existem critérios diferentes de entrega para postal e outro para encomenda, o que pode levar uma empresa a receber um produto e, ao mesmo tempo, uma residência da mesma localidade a não receber uma fatura, por exemplo.
Além de ampliação de área, o presidente do Poder Legislativo, Ângelo Ramos Vieira (PSD), e os vereadores Ricardo Mauri (PPS) e João Domingos Zimmermann (PMDB), destacaram a necessidade de melhorar o serviço de entrega por todo município, principalmente nas áreas contempladas do Norte e interior.
Ulisses apresentou a proposta de criação de Agências Comunitárias dos Correios (AGC) por meio de Acordo de Cooperação Técnica, uma parceria entre Correios e os poderes Executivo e Legislativo municipal. “Em Biguaçu, existe uma [AGC] em Guaporanga (Tijuquinhas) e outra em Sorocaba do Sul, essas que estavam na meta do Ministério das Comunicações e são contempladas com repasse financeiro dos Correios à Prefeitura. Agora, para implantar novas AGC´s, não haverá contrapartida e distribuição domiciliar”, adiantou Ulisses.
Agências Comunitárias
Também esclarecendo aos parlamentares que manifestaram dúvida, Ulisses explicou que não é obrigatório que o local de instalação da AGC seja público, podendo ser um espaço locado ou até um estabelecimento comercial que ceda espaço. Já quanto ao prazo, o processo depende dos tramites de documentação.
“Chegando os documentos em mãos e estando tudo em dia, a instalação é muito rápida, podendo ser até em torno de uma semana”, ressaltou o representante dos Correios. Ele ainda atentou para pontos básicos e importantes a serem vistos para que se possa avançar na distribuição, como nomeação de rua, placas de identificação de vias, cadastro de CEP, numeração separada por números pares ao lado direito e ímpares no esquerdo; e ainda que as casas tenham caixa coletora de correspondências.
Clovis explicou que os Correios é uma empresa pública e 100% Federal, que encontra dificuldades pelo tamanho e capilaridade que ela alcança no Brasil. “Estamos passando por dois processos grandes de restruturação, um que aconteceu em janeiro e outro começou agora em agosto, com a criação de novas gerências. Com relação à Biguaçu, o efetivo está ajustado. No entanto, ainda temos casos de formação de fila, que também são provocados pela falta de distribuição familiar (bairros e localidades que não são atendidos pelo carteiro), levando o morador até à agência. As encomendas de Palhoça, São José, parte continental de Florianópolis e Biguaçu saem da Central da São José, e é lá que acontece o atolamento de correspondências, e não nas agências locais. “O problema na distribuição na Central de São José já é conhecimento interno e o assunto tem sido debatido na intenção de dar celeridade ao processo”, enfatiza Clovis.
Ao finalizar, o presidente Ângelo destacou que o objetivo dos vereadores é resolver a situação em prol das comunidades, mas sem prejudicar o atendimento nas agências, com o aumento no número de pessoas à procura de uma solução. “Com essa reunião pudemos conhecer a realidade da agência de Biguaçu e o caminho correto a seguir, para que os vereadores possam pleitear junto à Prefeitura a execução das sugestões citadas”, disse. A Câmara marcará para breve uma nova reunião com todos os vereadores, a fim de elaborar uma solicitação conjunta para estabelecer pontos estratégicos e atender a real necessidade da população biguaçuense. Também participaram da reunião representantes dos vereadores Adriano Luiz Vicente, Magali Eliane Pereira Prazeres e Nei Cunha.
As informações são da assessoria da Câmara.