Da Assessoria – A Prefeitura de Biguaçu, por meio da Vigilância Ambiental, informa à população que, devido às chuvas frequentes e ao tempo mais úmido, houve aumento do registro de focos do caramujo gigante africano. A orientação é de que esses animais sejam coletados com luvas ou sacolas plásticas, pois podem transmitir vermes.
Segundo o coordenador municipal da Vigilância Ambiental, João Batista Soares, a presença dos caramujos é registrada em Biguaçu há cerca de 10 anos. “Esses animais são nativos da África e foram trazidos ao Brasil para serem comercializados como escargot, porém, eles não são comestíveis. Em Biguaçu, foram criados primeiramente na região do Jardim Carandaí e se espalharam por diversos bairros, com maior presença no Bom Viver e Praia João Rosa e outras áreas urbanas do município”.
Nesta semana, com a participação do secretário municipal de Saúde, Daniel César da Luz, foi realizada uma reunião com Agentes de Endemias e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) sobre os caramujos e outros vetores transmissores de doenças presentes no município, para que levem aos moradores orientações e materiais explicativos sobre o controle e combate desses animais. “Assim como no caso da dengue, a participação da população para acabar com focos e locais que favorecem o aparecimento e reprodução dos caramujos é essencial, mantendo os terrenos sempre limpos e fazendo os procedimentos corretos para captura e eliminação”, explicou João Batista.
Os moluscos são terrestres e quando adultos atingem até 15 cm e estão presentes em 14 estados brasileiros, principalmente na região litorânea. Sobrevivem o ano todo, se reproduzindo mais rapidamente nas épocas mais úmidas, tendo como criadouros terrenos baldios e locais com acúmulo de lixo e entulho.
Através do contato com o muco do caramujo africano, podem ser transmitidos os vermes Angiostrongylos cantonensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica, e o Angiostrongylos costaricensis, que provoca a angiostrongilíase abdominal. As doenças têm como sintomas, no caso da angiostrongilíase meningoencefálica, dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso. Já a angiostrongilíase abdominal, causa dor abdominal, febre prolongada, falta de apetite e vômitos.
Veja como eliminar os caramujos
– Recolha os moluscos manualmente, utilizando luvas ou sacolas plásticas;
– Queime os caramujos ou os esmague;
– Por último, enterre os animais mortos no mínimo 50 cm abaixo do solo;
– Aplique cal virgem no terreno, que não causa impacto ambiental, e não use venenos que afetam o meio ambiente e não matam o caramujo e os ovos;
– Mantenha os terrenos limpos, retire excesso de plantas e não acumule restos de construção, como telhas e tijolos, que servem de criadouros para os caramujos e outras pragas;
– Dúvidas e mais informações, busque atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima.