O prefeito Ramon Wollinger (PSD) e o candidato a prefeito Vilson Norberto Alves (PP) estão exercendo forte pressão sobre Marconi Kirch (DEM), que também é candidato à Prefeitura de Biguaçu. Eles querem que o democrata desista de seu projeto e passe a apoiar a dupla Vilson e Angelo Vieira (PSD). Vilson já conseguiu o recuo de Salete Cardoso (PL) e o apoio do vereador Nei Cunha (Cidadania) oferecendo secretarias.
Conforme fontes de Biguá News ouvidas ontem e hoje, o “jogo é pesado” contra Marconi. Uma fonte do Democratas disse que Ramon ameaçou cortar todos os cargos comissionados que o partido tem na atual gestão, caso Kirch mantenha a candidatura a prefeito. O DEM compõe a base governista de Wollinger na Câmara e tem dois secretários na administração municipal, o de Indústria e Comércio e o de Assistência Social, além de dezenas de cargos de 2º e 3º escalões.
ANÁLISE
A análise que Biguá News faz sobre essa pressão é que o grupo político que está no comando da Prefeitura há 12 anos quer se manter no poder a qualquer custo. A candidatura de Vilson era inviável até há algumas semanas, pois a base governista estava rachada em quatro alas: Vilson, Salete, Marconi e o grupo de Douglas Borba – que apoia André Clementino (PSL).
Com essa fragmentação, Vilson e Ramon precisaram “jogar bruto” contra os dissidentes para tentar viabilizar a manutenção do grupo na Prefeitura. Angelo, que era pré-candidato a prefeito, se acertou com Vilson para ser o vice dele. Salete engavetou sua candidatura depois de uma negociação – dizem fontes – muito favorável a ela. Restará saber se Marconi Kirch irá resistir às investidas pouco republicanas de Ramon e Vilson.
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