O presidente da Volkswagen no Brasil, David Powels, reafirmou o plano da montadora de investir R$ 10 bilhões no Brasil até 2018, embora o grupo alemão esteja revendo seus aportes globais após a descoberta da fraude nos testes de emissão – que deve causar prejuízo bilionário em multas, processos e recalls. A informação é do Valor Econômico.
Segundo o executivo, não há grande espaço para cortes dos investimentos no Brasil, tendo em vista a prioridade em renovar a linha da marca, com a inclusão do país na plataforma tecnológica mundial do grupo que já resultou na fabricação de três modelos globais: o compacto Up!, a nova geração do Golf e o sedã Jetta.
“Não vamos cortar produtos no Brasil, vamos continuar com nossos planos”, disse Powels, ao ressaltar que o pente fino que está sendo feito pelo grupo nos projetos em todo o mundo não terá “grande impacto” na estratégia da Volks no Brasil. “Não vai reduzir [o investimento]. Precisamos investir em uma nova plataforma e introduzir carros no país. Não há, hoje, perspectiva de cortar os investimentos”, disse Powels, na terça-feira (20), após participar de um evento.
O executivo não comentou se a montadora tem veículos no Brasil equipados com dispositivos que adulteram testes de emissões de poluentes, a exemplo do que foi descoberto nos Estados Unidos.
Segundo ele, a subsidiária está preparando um comunicado sobre o tema a ser divulgado nos próximos dias. A expectativa é que a montadora revele se a picape Amarok, único modelo a diesel vendido no país, faz parte dos 11 milhões de veículos programados para emitir menos poluição quando são submetidos a testes em laboratórios.