Um homem identificado como Miguel Ângelo Santos Jacob, de 57 anos, foi morto a tiros dentro de um carro na Rua Rino Levi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O crime aconteceu em frente ao Colégio Santo Agostinho e à Escola Municipal Albert Einstein, dentro do condomínio Novo Leblon. Segundo as primeiras informações, há indícios de execução.
Testemunhas contaram que ouviram muitos tiros e que houve correria. A vítima tinha deixado o filho no colégio ao lado de uma mulher, identificada como Joana D’arc Batista, de 40 anos, quando criminosos abordaram o veículo e fizeram vários disparos. Pelo menos 13 cápsulas foram encontradas pela polícia no entorno.
Joana, que seria companheira de Miguel, de acordo com advogados, também foi atingida pelos disparos e foi levada para o Hospital Lourenço Jorge. O estado de saúde dela não foi divulgado. Um bebê também estava no carro e não se feriu.
Condenação por falsificação
Advogados da família, no local, informaram que Miguel era empresário do ramo de medicamentos. Ele foi um dos condenados, em 2015, a 11 anos de prisão por um esquema de falsificação de remédios contra o câncer. O réu foi condenado em maio de 2015 a 11 anos e oito meses de reclusão. Na sentença, o juiz concede a ele e outros três réus envolvidos o direto de recorrer da sentença em liberdade.
Segundo as investigações, Miguel era dono de uma empresa que falsificava e distribuía o remédio Glivec, para tratar leucemia. Cada caixa chegava a custar R$ 10 mil, mas como não possuía o princípio ativo do original, colocava pacientes em risco. A quadrilha foi descoberta em 2007, em investigação da Polícia Federal.
A reportagem do G1 apurou no local que o autor dos disparos foi um homem com uma mochila. Os tiros aconteceram em um horário de grande movimento, de entrada e saída dos estudantes. O criminoso teria chegado e escapado andando.
Um professor do Colégio Santo Agostinho, que preferiu não se identificar, afirma que os tiros ocorreram por volta das 12h. Na hora dos disparos, as crianças voltaram correndo para dentro do prédio e estão sendo liberadas aos poucos, na presença dos pais. As aulas da tarde estão normais.
“Eu estava dando aula no momento, foram muitos tiros, parecia uma metralhadora. As crianças ficaram muito assustadas,” contou o professor.