Representantes das prefeituras da região metropolitana de Florianópolis conheceram o projeto operacional de sistema de ônibus integrado elaborado pelo Observatório de Mobilidade Urbana da UFSC, em reunião na Secretaria de Estado do Planejamento, na tarde de terça-feira (11). Participaram do encontro o superintendente de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis e secretário de Planejamento, Cassio Taniguchi, os prefeitos de Florianópolis, Cesar Souza Junior, e de Biguaçu, Ramon Wollinger, além do secretário de Planejamento de São José, Sidnei Machado.
“O objetivo do projeto é racionalizar o sistema, pois existem muitas superposições de linhas municipais com metropolitanas, superposição de linhas de empresas com outras empresas, isso gera desperdício e ineficiência do sistema. A partir da implantação de uma infraestrutura de terminais de integração, de faixas exclusivas de ônibus, com corredores ou canaletas, você tem vários ganhos, principalmente o tempo das viagens de ônibus”, explicou o engenheiro da equipe do Observatório de Mobilidade da UFSC, André Fialho.
O projeto segue as diretrizes do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus) de implantar BRT (Bus Rapid Transit) na ligação Ilha-Continente complementado por linhas alimentadoras que fazem distribuição dos passageiros nos bairros da região metropolitana de Florianópolis. A estimativa é que haja economia de 20% da quilometragem rodada pelos ônibus e 10% da frota com a racionalização das linhas e a reorganização da rede continental de transporte público, ligando os municípios da Grande Florianópolis.
O BRT de 1º nível, ou seja, corredores de ônibus com operação em vias segregadas, estações de embarque e desembarque e sistema de bilhetagem pré-embarcado, terá extensão de 35,5 km. Já o BRT de 2º nível, que opera em faixas exclusivas à direita, conta com paradas de embarque e desembarque e sistema de bilhetagem embarcado, terá 22 km. O objetivo é priorizar o conforto do passageiro, maior frequência de ônibus e ganho de tempo nos percursos.
“Foi uma reunião muito positiva, pois cumprimos mais uma etapa do planejamento que era apresentar a proposta de operação do sistema de transporte público metropolitano aos prefeitos da região”, avaliou o superintendente de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis e secretário de Planejamento, Cassio Taniguchi.
Infraestrutura depende de PPP
O Governo do Estado propõe fazer uma parceria público-privada para implantação, manutenção e gestão da operação da infraestrutura do sistema BRT na região metropolitana de Florianópolis. Caberá à iniciativa privada no período de 25 anos:
– Implantação da infraestrutura – construção de vias, estações, paradas, terminais, sistema ITS (Sistema de Inteligência Operacional) e CCO (Centro de Controle Operacional)
– Manutenção da infraestrutura viária, estações, terminais e paradas, reposição de equipamentos e atualização tecnológica
– ITS – Sistema de Inteligência Operacional:
Controle de tráfego e fiscalização
Sistema de portas de plataforma automáticas
Sistema de vigilância eletrônica
Informação do transporte em tempo real ao usuário
Acesso wi-fi gratuito nos ônibus, paradas, estações e terminais
Sistema de sonorização
Rosália Dors Pessato
Assessoria de Comunicação