Boletim divulgado pelo Tesouro Nacional na última sexta-feira indica que Florianópolis foi a segunda capital brasileira com o maior índice de gastos com pessoal em 2015. O dado indica que a Capital catarinense teve 71% de sua receita comprometida com os salários dos servidores, atrás apenas de Macapá (AP), com 78%. O Tesouro levou em conta no cálculo o valor pago a servidores da ativa, encargos sociais, aposentadorias, pensões, temporários e terceirizados. A informação é do Hora de Santa Catarina.
A melhor cidade dentre as 25 que tiveram o número computado — Boa Vista (RR) não divulgou seu índice — foi São Paulo, que tem 42% destinada para o pagamento de pessoal. A média das capitais é 58%.
O levantamento também apontou um índice preocupante: 11 capitais estão acima do limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 60%. Além de Florianópolis e Macapá, estão nessa situação Maceió, Natal, João Pessoa, Porto Velho, Campo Grande, Goiânia, Rio de Janeiro, São Luis e Teresina.
A disponibilidade de caixa líquida, que significa o quanto a prefeitura teria para arcar com despesas para os meses seguintes, também é o segundo pior do país entre as Capitais, conforme dados do ano passado. Em Florianópolis o índice é -2,80.
Florianópolis é a pior entre as cidades de SC
O estudo incluiu nesta versão também os municípios com população acima de 200 mil habitantes. Por isso, entraram na contabilidade as cidades catarinenses de Chapecó, São José, Itajaí, Blumenau, Joinville e Criciúma.
Na lista que inclui somente os municípios de Santa Catarina, Florianópolis tem o pior índice, seguida por Joinville (63%), Blumenau (55%), Chapecó (52%), São José (51%), Itajaí (50%) e Criciúma (46%).
No começo deste ano, a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) projetou que mais da metade das prefeituras poderia terminar o ano descumprindo a LRF por conta das despesas com pessoal diante da queda de arrecadação, que vem diminuindo mês a mês.