Apesar da necessidade de contenção de despesas e até corte na quantidade de secretários na administração municipal, o município de Biguaçu deve ‘sofrer menos’ com a crise econômica do que os outros da região, segundo a análise da presidente da Câmara, Salete Cardoso (PV). Conforme a vereadora, medidas tomadas há alguns anos estão, agora, ajudando o Poder Executivo a manter obras e serviços públicos, diminuindo os efeitos da queda na receita – que, segundo a prefeitura, chega a R$ 8 milhões no atual exercício financeiro.
“Começou lá atrás, quando a Câmara foi imprescindível para a não privatização da água. Isso garantiu ao município aproximadamente R$ 35 milhões. Parte desse dinheiro está sendo investida em saneamento básico, outra parcela deu início à construção do hospital, entre outras ações”, comentou.
Cardoso também mencionou a confecção de projetos, que garantiram a captação de recursos com os governos estadual e federal. “A prefeitura contratou um escritório para fazer projetos e isso proporcionou ao município assinar convênios e receber dinheiro para obras, através do Badesc, Fundam, e do governo federal, para pavimentação, esgoto, ginásio e reforma do Mercado Público, por exemplo”.
A presidente do Poder Legislativo pontua que sem as medidas tomadas há alguns anos, a administração de Biguaçu poderia, hoje, conviver com um ‘marasmo’ por causa na queda da receita, como ocorre em alguns municípios de Santa Catarina. “O prefeito Ramon precisou fazer ajustes para manter os serviços públicos, pois com menos dinheiro em caixa é preciso fazer gestão para manter tudo funcionando. Mas, sem essas obras, a cidade estaria em uma situação muito ruim, com praticamente tudo parado”.
Sobre a abertura parcial do Hospital Regional, que está atendendo somente com consultas médicas, sem cirurgias e internações, Salete Cardoso diz que é preciso articular junto aos governos estadual e federal a liberação dos recursos para a unidade ampliar seu corpo clínico. “Já foi repassada uma parcela do governo do Estado e outra do Ministério da Saúde. Precisamos estar sempre acompanhando e cobrando os repasses para, em um futuro muito próximo, o Hospital de Biguaçu funcionar em sua plenitude”.