Dados oficiais registram aproximadamente 5,5 mil pessoas desaparecidas no Estado, segundo informações do delegado Wanderley Redondo, titular da Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas. Ele palestrou sobre o “Processo de Identificação dos Moradores”, em seminário sobre o tráfico de pessoas, realizado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), na última semana.
Em sua palestra, o delegado ressaltou a necessidade de articulação entre poder público e entidades civis organizadas em ações para reduzir os casos de desaparecimentos no Brasil e em Santa Catarina. Na ocasião, Wanderley informou que mais de 200 mil pessoas somem anualmente no país, sendo que do total, 40 mil são crianças e adolescentes.
“Com esse programa que visa durante a identificação dos moradores de rua identificá-los através de documento ou coleta de DNA queremos diminuir os casos de desaparecidos, uma vez que a identificação será inserida no sistema. Essa catalogação vai contribuir para localização de pessoas”, comentou.
Ao discorrer sobre os exemplos e as sugestões apresentadas no decorrer do dia, a coordenadora do seminário, Argiró Colombi, ressaltou que ao disseminar as ações que estão acontecendo no país em relação a pessoas desaparecidas e trágico de pessoas é possível articular para que haja uma maneira melhor de divulgar e encontrar os desaparecidos e traficados.
Segundo a gestora, o teor da carta que será elaborada juntamente com os participantes, com encaminhamentos que fortaleçam a causa, servirá para que as coisas possam acontecer com efetividade e não com ações tão fragmentadas. “O que observamos aqui foi que as ações não estão integradas. Precisamos avançar, e para isso contamos com a sociedade e o nosso maior parceiro, o Poder Executivo”, mencionou.