O Juízo da Vara do Tribunal do Júri da Comarca da Capital condenou, nesta terça-feira (15), Júlio César de Jesus Dias a 42 anos de prisão por dois crimes de homicídio consumados e um tentado. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ele é integrante de facção criminosa.
Conforme a denúncia apresentada pela 36ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, os crimes foram resultantes da disputa por pontos de tráfico de drogas entre duas facções no Norte da Ilha, em Florianópolis.
Segundo consta dos autos do processo, as vítimas Marcos Antônio da Silva Júnior e Cleiton Natalino da Silva foram expulsos do Morro do Siri, onde atuavam, por uma facção rival. Pediram, então, ao amigo Leonardo Morche Garcia para levá-los ao bairro da Cachoeira do Bom Jesus, onde buscariam uma nova residência.
Lá chegando, o trio foi abordado por outro veículo, no qual estava Júlio César, que desembarcou com arma em punho e passou a disparar contra as três vítimas. Leonardo e Marcos Antônio morreram na hora. Cleiton se deitou no banco traseiro e em seguida conseguiu fugir.
Conforme sustentou o Ministério Público, o réu foi considerado culpado pelos homicídios consumados e tentado, todos duplamente qualificados por motivação torpe e impossibilidade de defesa pela vítima.
A pena de 42 anos de prisão deverá ser cumprida em regime inicial fechado. O réu ainda pode recorrer da decisão, mas teve negado o direito de fazê-lo em liberdade, informa a assessoria do MPSC.