A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) informou nesta quarta-feira (23) que manterá somente até esta sexta (25) a liberação do transporte de remédios, carga viva e produtos perecíveis. Se não houver um acordo entre a categoria e o governo até lá, diz a entidade, haverá “paralisação total”. A Abcam afirma representar cerca de 600 mil motoristas.
Caminhoneiros têm feito protestos em todo o país nos últimos três dias contra o aumento no preço dos combustíveis. A Petrobras, contudo, já anunciou que não mudará a política de reajustes.
“O que vai ter liberação no país todo é carga viva, produtos perecíveis e medicamentos. São só esses que estarão liberados. Se até sexta-feira, nós temos duas reuniões com o governo, se não sair nada, se não acontecer nada até sexta, aí lamentavelmente vai parar tudo”, afirmou o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes.
Os caminhoneiros também reivindicam maior previsibilidade no reajuste dos preços dos combustíveis. “É inviável ter reajustes diários. Nós, no mínimo, temos que ter os reajustes num prazo mínimo de 60 dias; e, no máximo, 90 dias”, afirmou Lopes.
Mais cedo, nesta quarta, representantes dos caminhoneiros se reuniram no Palácio do Planalto com integrantes do governo. Enquanto a reunião acontecia, o presidente Michel Temer declarou, em entrevista à imprensa, ter pedido “trégua” à categoria de dois ou três dias até que o governo encontre uma “solução satisfatória” para o preço do combustível.