O Banco Central informou nesta quinta-feira (14), em nota, que deve oferecer mais US$ 10 bilhões em contratos de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, a partir da semana que vem. O montante das reservas do país usado para tentar conter a disparada da cotação do moeda norte-americana chegará aos US# 34,5 bi, quando somado aos US$ 24,5 bilhões que havia sido anunciada pelo presidente da autarquia, ilan Goldfajn, na semana passada.
A medida busca injetar liquidez no mercado de câmbio para evitar a volatilidade da moeda dos Estados Unidos. Na cotação desta quinta-feira, o dólar fechou com alta de 2,5%, vendido a R$ 3,8119 – o maior valor dos últimos 13 meses.
“Esse montante [US$ 10 bilhões] poderá ser ajustado para cima ou para baixo, dependendo das condições de mercado. O Banco Central reafirma que não vê restrições para que o estoque de swaps cambiais exceda consideravelmente os volumes máximos atingidos no passado”, diz a nota.
Além do aumento da taxa de juros do Banco Central dos Estados Unidos em 0,25%, anunciada ontem, notícias de que o Banco Central Europeu (BCE) encerrará seu programa de compras de títulos no fim do ano pressionou a alta do dólar, segundo o Banco Central. “O BC continuará acompanhando as condições de mercado de câmbio e atuando para prover liquidez e contribuir para seu bom funcionamento”, acrescenta o BC.
Entenda
Por meio das operações de swap cambial, o Banco Central vende contratos de venda futura da moeda norte-americana, mas sem transferir o recurso de fato. Ao fim do contrato, o BC garante ao investidor o pagamento da variação do dólar no período e o investidor restitui a variação da taxa de juros no período.
Se a taxa de juros for superior, o investidor embolsa os rendimentos. Se a moeda subir mais do que os juros no período, é o BC que sai ganhando. Esse contrato faz com que os investidores diminuam o apetite pela moeda norte-americana e o seu valor frente ao real seja reduzido no mercado de câmbio.
*Com informações da Agência Brasil