O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi autorizado, nesta sexta-feira (1), a sair temporariamente da prisão, na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), para ir ao velório e o enterro de seu neto Artur Araújo Lula da Silva, que morreu hoje, aos sete anos de idade, em Santo André (SP), em decorrência de uma meningite meningogócica.
A autorização, dada pela juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do líder petista, se ampara na Lei de Execução Penal, que permite a saída temporária de presos para velórios e enterros de familiares.
Por volta das 17h, o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná enviou à Justiça Federal em Curitiba parecer favorável ao pedido para que o ex-presidente deixe a carceragem da PF para comparecer ao velório do neto.
Nesta tarde, o governo do Paraná divulgou uma nota na qual informa que colocou um avião à disposição da Polícia Federal para fazer o transporte de Lula.
Lula está preso desde 7 de abril do ano passado, condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).
Em janeiro, Lula também pediu para deixar a prisão para comparecer ao velório do irmão Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, que morreu em decorrência de câncer no pulmão. No entanto, o pedido foi negado pela juíza federal Carolina Lebbos. A decisão foi confirmada pelo desembargador federal Leandro Paulsen, do TRF4, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, aceitou recurso da defesa e autorizou a saída de Lula, porém o ex-presidente não aceitou as condições da decisão, que determinava que Lula poderia encontrar com os parentes, mas em um quartel das Forças Armadas.