A democracia pela produção de informação cresce proporcional aos avanços da web. Um conteúdo vasto é promovido hoje pelo o que chamamos de “marketing de conteúdo”, que explora o digital tornando influentes os profissionais que detém conhecimento em áreas específicas. A “infodemocracia” também oportuniza pelos canais “infodigitais” que jornalistas contem suas histórias com maior propriedade. Ela destaca os blogueiros e os youtubers. E – muito importante – inclui opiniões sociais. Neste cenário está exatamente o objetivo de preservar tantos benefícios ofertados pela rede www. Também, a reflexão de uma década que celebra neste 12 de março o Dia Mundial Contra a Cibercensura.
Como tudo, a democracia pela produção de informação e publicação nos canais digitais oferece aos cibernautas os seus pós e os seus contras. Entre as objeções estão as fake News (notícias falsas ou imprensa marrom), o sensacionalismo exacerbado, o marketing digital incongruente e a poluição da informação que dificulta as pesquisas dos usuários e o destaque de produtores idôneos, como profissionais e marcas que sustentam a transmissão de conhecimento pelas multiplataformas digitais.
O ganho maior, sem dúvida, coloca todo o resto no bolso: é a liberdade de expressão. A facilidade de acesso à internet por pessoas em todo o planeta impulsiona o crescimento da comunicação online. Ainda que o Brasil esteja longe – e muito! – da salvação que resguarda a integridade e a vida de jornalistas investigativos, comemoramos a nossa atual posição distante das represálias políticas intensas experimentadas por restrições aos direitos dos cidadãos em diversos outros países. Estamos avançando no universo digital, até porque é um caminho sem volta.
O Dia Mundial contra a Cibercensura é celebrado mundialmente desde 2009 pela iniciativa da ONG “Reporters Without Borders” – Repórteres sem Fronteiras (RSF). A organização foi criada em 1985 na França. De acordo com o site da instituição, entre os países chamados “predadores” ou “inimigos da internet” estão: Arábia Saudita, Barein, Bielorrússia, China, Coreia do Norte, Cuba, Irã, Síria, Venezuela, México e Peru.
Sobre nós, brasileiros, importa mencionar que a última pesquisa da RSF a respeito do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, coloca o Brasil em 104ª posição, “não estando à altura de um país que deveria ser uma referência regional. Em 2010, o país se encontrava na 58ª posição”, conforme cita. Os motivos principais são os índices de violência contra jornalistas e a ausência de iniciativas governamentais de proteção aos profissionais das mídias.
*Aline Wolff é graduada em jornalismo e Assessora de Imprensa. Em agosto de 2004 criou WH Comunicação. É também especialista em marketing digital e coach de comunicação, posicionamento e autoridade. Em 2016, lançou o programa próprio de formação de autoridades e influência no mercado, mesclando ferramentas da assessoria de imprensa, do coach e do imbound marketing. No mesmo ano, formou-se palestrante pela Apresentarte e assumiu também a diretoria de marketing da Livia Esportes, ministrando módulos de marketing esportivo aos profissionais do segmento.