Da Assessoria – A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, alerta a população de Biguaçu sobre a importância da vacinação contra a Febre Amarela. O objetivo é ampliar a cobertura vacinal no município mantendo a população protegida e livre da doença.
Na segunda-feira (20), a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina (Dive/SC) emitiu Nota de Alerta após o registro de 64 óbitos suspeitos de Febre Amarela em macacos. Embora as notificações estejam concentradas nas regiões do Planalto Norte e Médio Vale do Itajaí, o alerta se estende para todo o estado.
A enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Biguaçu, Aline Piaceski Arceno, comenta que o cenário indica alta probabilidade de circulação do vírus e por isso é importante que a população esteja atenta. “Temos uma extensa área rural no nosso município, e isso requer nossa atenção. Pedimos que ao identificar o adoecimento ou morte de algum macaco sejamos informados imediatamente. A observância dos sintomas da doença em seres humanos também requer atenção e busca imediata de um serviço de saúde”, reforça Aline.
A vacina contra a Febre Amarela está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na Policlínica Municipal para todas as pessoas a partir de nove meses de idade. Desde o início deste ano, o esquema de vacinação de crianças mudou, sendo necessária uma dose de reforço ao completar quatro anos. Todas as pessoas que receberam uma dose da vacina antes de dos cinco anos são indicadas a receber a dose de reforço, independentemente da idade.
Saiba mais sobre a doença
A Febre Amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.
Os casos da doença no Brasil são classificados como Febre Amarela Silvestre ou Febre Amarela Urbana, sendo que o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença que se manifesta nos dois casos, a diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão.
Na Febre Amarela Silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado. Na Febre Amarela Urbana o vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti ao homem, mas esta não é registrada no Brasil desde 1942.
Os sintomas iniciais incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dor nas costas, dores no corpo em geral, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.