Assessoria
O governador Raimundo Colombo participou, na manhã desta terça-feira (1), da inauguração da Central Integrada de Videomonitoramento de São José. Foram ativadas 100 câmeras de segurança. Os equipamentos estão instalados em pontos estratégicos da cidade e as imagens chegam à central que funciona dentro da prefeitura do município. O investimento do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública, é de R$ 1,6 milhão.
Colombo falou da eficiência das câmeras ao ressaltar a alta resolutividade de ocorrências a partir das imagens. Citou casos onde os policiais, com a ajuda da tecnologia, conseguiram identificar, prender e agilizar a condenação de criminosos envolvidos em assaltos e tráfico de drogas. O governador falou que a segurança é uma das maiores demandas da sociedade e que o desafio é grande por conta da flexibilização de valores e princípios de convivência social e de ameaças, como as drogas.
“Isso gera no cotidiano de todos nós uma série de dificuldades. Hoje, as pessoas de bem, antes de saírem de casa para ir a um restaurante, visitar alguém, pensam muito bem e ainda assim, têm que tomar uma série de cuidados: verificar se a casa está bem fechada, se a porta do carro travou, então, é evidente que há um efeito psicológico muito perigoso, porque o sentimento de liberdade das pessoas está sendo afetado. Combater essa realidade exige um esforço pesado e de longo prazo, a exemplo do que estamos fazendo com a modernização do nosso sistema”, informou.
O governador explicou, ainda, que o videomonitoramento também é importante na definição da ação policial. “Com as imagens, o policial recebe informações sobre o que vai encontrar na ocorrência e vai poder decidir a melhor maneira de atuar, se vai precisar chamar um reforço, por exemplo”, acrescenta Colombo.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Cesar Grubba, destacou que, em Santa Catarina, 96 municípios já contam com esse sistema e que, ao todo, o programa Bem-Te-Vi prevê a instalação de três mil pontos de videomonitoramento em 150 cidades. “Hoje é muito comum vermos os criminosos soltos às ruas, gozando dos melhores benefícios processuais e legais e as pessoas que trabalham, dentro de suas casas cercadas por alarmes e muros altos. Nós temos que inverter essa ordem”, conclui o secretário.
Parceria com município de São José é exemplo de inclusão social
A Central Integrada de Videmonitoramento inaugurada em São José será operada por 63 pessoas durante as 24 horas do dia. O modelo do município foi considerado pelo secretário da Segurança Pública um exemplo para o restante do Estado. Depois de algumas adequações na Lei do Voluntariado e tendo como base o trabalho que é feito com os bombeiros voluntários, o município aprovou a lei que garante a participação de portadores de deficiência física no trabalho de monitoramento das câmeras. Ao todo, 25 cadeirantes cumprem turno de trabalho na nova central.
Entre eles, está Emerson Alex da Silva, que aos 19 anos, conquistou o primeiro emprego. O jovem chega cedo ao trabalho e das 6h da manhã ao meio-dia, não tira os olhos das câmeras para cumprir a missão de ajudar a cuidar da segurança dos moradores de São José.
“Estou muito feliz com a oportunidade que recebi”, diz o jovem que ficou paraplégico aos três anos de idade, depois de sofrer um acidente do carro.
De acordo com a secretária de Segurança Pública do município de São José, Andrea Pacheco, os cadeirantes recebem como pagamento, uma indenização pelos gastos com transporte, alimentação e vestuário. Os voluntários fazem parte da Associação das Pessoas com Deficiência de São José e passam por seleção e recrutamento de uma assistente social para desempenhar o trabalho na Central de Videomonitoramento.