*Alexandre Lenzi //
O governador Raimundo Colombo (PSD) participou, nesta sexta-feira, em Florianópolis, de reunião da diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), e destacou os desafios do Governo do Estado diante do cenário de instabilidade econômica nacional. Colombo defendeu uma aproximação ainda maior entre poder público e privado para enfrentamento da crise ao longo de 2016 e, de forma conjunta, rever e corrigir rumos para garantir a permanência de Santa Catarina como referência econômica.
“Não são mudanças de governo para fechar as contas. São mudanças estruturais para garantir a saúde financeira do Estado para os próximos anos. O momento de crise é uma oportunidade para rever e corrigir o que está errado, para fazer uma mudança verdadeira do modelo de Estado”, afirmou Colombo, citando o aprimoramento da gestão, o combate a burocracia e a diminuição do tamanho da máquina pública como medidas necessárias.
Colombo destacou também o bom ritmo de investimentos do Governo do Estado, o que, ao mesmo tempo, melhora a infraestrutura catarinense e dinamiza a economia com a geração de empregos. Apenas em 2015, o Governo do Estado investiu mais de R$ 3 bilhões pelo Pacto por Santa Catarina. O programa é o maior pacote de obras da história do Estado, com mais de R$ 10 bilhões em investimentos em diferentes frentes. São reformas e construções de escolas e hospitais, revitalização de mais de mil quilômetros de rodovias, planos de combate à seca e prevenção de enchentes.
Neste ano, também foram lançados pacotes de incentivos para segmentos estratégicos, como os portos, para o setor de inovação e para a produção de energia limpa. Entre medidas de ajustes administrativos, estão os projetos de fusão das agências reguladoras em Santa Catarina e de transformação das Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs) em Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), com redução do número de cargos comissionados e funções gratificadas.
O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, destacou a importância de parcerias entre a federação e o Governo do Estado, citando a recém criada agência para atração de investimentos inovadores e complementares à cadeia produtiva catarinense. Também parabenizou o governador Colombo por “propostas corajosas” para manutenção da saúde financeira do Estado, como as mudanças no sistema de previdência dos servidores. “São questões necessárias e que interessam a toda a sociedade, porque se o atual déficit da previdência continuar crescendo e se acumulando, quem pagará a conta são todos os contribuintes catarinenses”, acrescentou.
Côrte destacou também a postura do atual governo contra o aumento de impostos, lembrando que deste o início do primeiro mandato do governador Raimundo Colombo não houve aumentos das alíquotas de cobrança do ICMS em Santa Catarina.
Também presente no evento, o secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, ressaltou a vocação empreendedora dos catarinenses, fator que contribui muito para o fortalecimento da economia em momentos de instabilidade como o que o Brasil enfrenta atualmente.
Sobre a gestão pública, Gavazzoni explicou que para lidar com o cenário de arrecadação crescendo menos do que a inflação, o Governo do Estado tem aprimorado cada vez mais o controle de caixa para manter o equilíbrio das contas públicas, o que sempre foi uma obsessão do atual governo. E mesmo com as atuais adversidades, lembrou que o Governo do Estado está com as contas em dia, inclusive com antecipação do 13º salário e do salário de dezembro para os servidores catarinenses.
*Alexandre Lenzi é assessor de comunicação.