A prefeitura de Itapema, no Litoral Norte catarinense, realizou nesta terça-feira uma força-tarefa para fiscalizar esgoto clandestino no Rio Perequê, que também passa pela cidade de Porto Belo. Foram fechadas mais de 30 saídas irregulares de despejo de dejetos, informou o órgão.
Na semana passada, uma mancha escura apareceu no mar da Praia de Perequê, em Porto Belo, onde o rio deságua. Laudos, porém, não detectaram a presença de esgoto.
Os canos das ligações irregulares foram quebrados e receberam aplicação de expansor de poliestireno, uma espécie de isopor, nas saídas clandestinas. Para chegar aos pontos de irregularidades, os responsáveis precisaram utilizar um barco.
A prefeitura de Itapema informou que, em uma segunda etapa, serão enviadas notificações às residências. As multas podem variar entre R$ 500 e R$ 50 milhões.
Participaram da operação fiscais da prefeitura, da Fundação Ambiental Área Costeira de Itapema (FAACI), Vigilância Sanitária, Bombeiros e Polícia Militar.
Segundo a prefeitura, a fiscalização é feita todo o ano no período do verão, pela elevação no nível de coliformes fecais. Todos os anos irregularidades são encontradas, já que empresas e casas que despejam esgoto direto, sem tratamento.
Como o Rio Perequê desemboca no mar, o esgoto acaba indo para a praia.
Mancha na foz do Perequê
Um laudo divulgado na última semana pela Prefeitura de Porto Belo indicou que a mancha negra vista na Foz do Rio Perequê foi provocada por níveis elevados de ferro, manganês e matéria orgânica e não por vazamento de esgoto.
O relatório também apontou a presença de microalgas, o que também foi apontado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma).
O último relatório de balneabilidade da Fatma, mostrou que na Foz do Rio Perequê, no lugar onde a mancha apareceu, a quantidade de coliformes fecais aumentou 10 vezes em uma semana.
Do G1/SC