UOL – “Nós vamos enxugar as lágrimas. A ferida talvez nunca mais feche. Mas nosso time vai voltar”. Essa é a frase do diretor de comunicação da Chapecoense, Andrei Copetti. E é também o discurso adotado por todos os dirigentes após o trágico acidente aéreo que vitimou boa parte de seu elenco e impediu que o time disputasse o sonho de conquistar o continente.
Em meio ao luto, o clube planeja o que fazer para voltar a ter um time competitivo, assim como aconteceu durante esta temporada.
Dentro de campo
Em razão do acidente aéreo que vitimou a delegação da Chapecoense na Colômbia, a CBF decidiu adiar a última rodada do Campeonato Brasileiro para o dia 11 de dezembro. Na teoria, a equipe catarinense precisa entrar em campo na Arena Condá para enfrentar o Atlético-MG. No entanto, o clube não sabe se contará com jogadores suficientes para jogar.
Com 19 mortos e três feridos no acidente de Medellín, a Chapecoense agora conta com somente 11 jogadores profissionais. No entanto, considerando os nomes das categorias de base, o clube soma 30 atletas disponíveis do BID (Boletim Informativo Diário) da CBF – ou seja, com condições legais de jogo.
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Neste grupo de 11 profissionais, no entanto, está o meia-atacante Hyoran, lesionado desde 6 de novembro (e já negociado com o Palmeiras). De resto, o escasso elenco que ficou em Chapecó conta com dois goleiros, Marcelo Boeck e o veterano Nivaldo, de 42 anos. Ainda estão à disposição o lateral Cláudio Winck e o meia argentino Martinuccio.
Para a próxima temporada, as indefinições são ainda maiores, contando que a Chapecoense pode ter o direito de jogar a Libertadores, dependendo do desfecho da Sul-Americana de 2016. O clube deverá reconstruir seu elenco e segurar quem restou, mas que tem contrato expirando, como o zagueiro Demerson.
Veja fotos do acidente e lista de passageiros no avião
“Não tenho vínculo para o próximo ano. Apareceram algumas possibilidades, mas eu não havia acertado nada. Mediante o acontecido, vou aguardar, porque a Chapecoense tem hoje poucos atletas. É um time que eu aprendi a gostar, a respeitar, fiz muitos amigos e com certeza por esse respeito que tenho hoje por todos, pela cidade, após as homenagens, pode ser que a gente sente e repense para o ano que vem”, afirmou Demerson.
Fora de campo
Muito elogiada por conseguir uma sucessão de acessos até a elite nacional em pouco tempo, a Chapecoense confia no seu poder de gestão para manter o time competitivo e repetir a montagem da equipe com os mesmos moldes de 2016.
O que significa uma folha salarial que chega na casa dos R$ 2,5 milhões e um faturamento anual de R$ 45 milhões. O teto salarial da equipe é de R$ 100 mil e poucos jogadores ultrapassavam esse limite. Cleber Santana era um deles.