Érika Mialik Marena, que até há poucos dias era uma das delegadas da Polícia Federal na Operação Lava Jato, passará a chefiar a área de combate à corrupção e desvios de verbas públicas da Superintendência da Polícia Federal, em Santa Catarina. A informação é do jornalista Matheus Leitão, do G1.
Erika aceitou o convite para o cargo recentemente, mas foi um dos mais importantes quadros da investigação desde o início das apurações. Ela que sugeriu aos superiores o nome Lava Jato para a operação.
No mês de maio, logo após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ela encabeçou uma lista de três delegados indicados ao presidente Michel Temer (PMDB) para a direção da Polícia Federal. O cargo é o mais alto na hierarquia da corporação e responde diretamente ao Ministério da Justiça e à Presidência da República. A lista foi feita pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF).
Natural de Apucarana, no Norte do Paraná, Marena ingressou na corporação em 2003, no cargo de delegada. Além de Curitiba, também atuou em São Paulo, na Delegacia de Crimes Financeiros (Delefin).
Em entrevista ao blog de Matheus Leitão em julho deste ano, Érika avaliou que os chamados “criminosos de colarinho branco” se sentem “protegidos pelo sistema” e defendeu o fim do foro privilegiado. “O corrupto conta com essa demora, com a prescrição dos casos, coloca esse fator na conta do custo-benefício do crime”, disse.