Florianópolis estampa a capa da edição desta quinta-feira (5) do jornal “La Nación”, um dos maiores em circulação na Argentina. A reportagem destaca, para além do clima e das belezas da cidade, os baixos preços – na visão dos argentinos.
“Do ano passado para este, os preços subiram um pouco em reais. Mesmo assim, como na Argentina a inflação foi ainda maior, tudo continua sendo barato”, disse Roberto Quirós, um dos turistas ouvidos pela correspondente do jornal. “Aqui se pode comprar de tudo. Você sente que seu dinheiro vale mais, dá para tudo”, declarou Daniela Roa.
O câmbio atual é de 4,88 pesos para cada real. “Na prática, todos arredondam para cinco”, diz a reportagem, que lista alguns preços: 25 pesos por um milho na praia, outros 25 por um sorvete (os mais caros chegam a 60, o equivalente a R$ 12), e 50 pesos por uma cerveja.
“Este ano não está tão barato como em 2016, mas continua sendo muito mais econômico do que na Argentina. Se no ano passado você tomava dois sorvetes na praia, hoje toma um”, declarou ao jornal a advogada Fernanda Baigorri, que passa as férias na praia da Lagoinha, no Norte da ilha, onde foram feitas as fotos que ilustram a reportagem
O jornal cita dados da Embratur, que apontam que, neste verão, 1,4 milhão de argentinos vão passar as férias em praias do Sul do Brasil. O número representa 27% a mais do que no ano passado, quando 1 milhão de turistas argentinos visitaram a região.
Propagandas em espanhol
Diferentemente dos argentinos, este verão não está sendo fácil para o bolso dos brasileiros. Por conta disso, o comércio foca nos argentinos – e nos demais turistas do Mercosul. Em Florianópolis, é comum encontrar placas com inscrições em espanhol, inclusive outdoors.
Nesta semana, quando os vizinhos começam a chegar em peso a Santa Catarina, uma rede nacional de lojas de departamento passou a veicular comerciais na televisão em espanhol, com legendas em português.