O sistema prisional de Santa Catarina passa a contar com um reforço de 599 vagas. Foi inaugurada, na manhã desta segunda-feira, a Penitenciária Industrial de São Cristóvão do Sul, no Planalto Catarinense. A nova estrutura conta com 8,6 mil metros quadrados de área construída e investimentos do Governo do Estado de R$31 milhões, informa a assessoria. Desde 2011, o Governo do Estado abriu 4,2 mil vagas no sistema prisional e com as novas vagas da penitenciária de São Cristóvão do Sul será possível, na região do Planalto, zerar a demanda de presos condenados que ainda permaneciam em presídios.
Considerada uma referência nacional, por ter praticamente todos os apenados estudando ou trabalhando, a nova unidade da penitenciária também vai oferecer atividades laborais, para que os detentos tenham uma ocupação enquanto cumprem a pena.
“A ressocialização é um grande diferencial do sistema penitenciário de Santa Catarina. Mesmo as unidades mais antigas oferecem oportunidades de estudo e atividades de trabalho. Isso faz toda a diferença, porque nós precisamos devolver essas pessoas ao convívio em sociedade e também melhor preparadas para enfrentar o mercado de trabalho”, disse o secretário de Estado Adjunto da Justiça e Cidadania, Leandro Lima.
Atualmente, os 880 detentos exercem atividades nos cuidados com a horta, fabricação de móveis, brinquedos, lajotas, tubos, estofados, cadeiras e blocos de concreto. As empresas constroem as unidades de produção e utilizam a mão de obra dos presos.
O dono de uma das maiores redes de móveis do Estado está ampliando os barracões que funcionam dentro da penitenciária, em São Cristóvão do Sul. Hoje a empresa conta com os serviços de 141 detentos dos regimes fechado e semi-aberto. Eles atuam na produção de estruturas de madeira que são usadas na fabricação de cama box e na confecção de estofados.
Segundo o empresário, os produtos saem acabados e dentro do padrão de qualidade comercial da empresa. Diariamente, os presos chegam a produzir, 240 caixas de madeira. Todos os dias, saem da penitenciária, quatro caminhões carregados de estofados. A parceria com a penitenciária começou em 2011 e quando o novo barracão estiver pronto será possível absorver praticamente 100% da mão de obra do regime fechado.
“Me orgulho de poder contar com esse trabalho, que é especial. A empresa ajuda essas pessoas a mudarem de vida, a construírem novos propósitos e recebe em troca um trabalho qualificado, com responsabilidade, disciplina e vontade”, afirma.