G1 – A greve dos bancários em Santa Catarina completa uma semana nesta terça-feira (13) com a expectativa de uma negociação com Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), prevista para as 14h, em São Paulo. Ao menos 297 agências estão fechadas em todo estado.
Das 150 agências da Grande Florianópolis, 104 estão fechadas, o que tem aumentado as filas diante de caixas eletrônicos e lotéricas. De acordo com o secretário de comunicação do sindicato em Florianópolis, Luiz Toniolo, os grevistas têm percorrido agências para conversar com clientes e comunicar reivindicações, além de orientar sobre unidades bancárias em funcionamento.
“Ao contrário do que os bancos afirmam, de que tudo pode ser feito pela internet e o celular, as filas de clientes durante a greve mostram o quanto o trabalhador ainda é importante para a relação do banco e o cliente”, explicou Toniolo.
Segundo a Federação Dos Bancários de Santa Catarina (FEEB-SC), que engloba 11 sindicatos que representam 47 municípios, 225 agências estão fechadas.
Das 80 agências de Chapecó e outros 45 municípios do Oeste catarinense, representados pelo sindicato dos bancários, 35 estão fechadas. Um ato público da categoria previsto para esta terça na avenida Getúlio Vargas, no Centro de Chapecó, foi adiado para a próxima quinta (15). Em Videira, também no Oeste, das 9 agências, três estão fechadas.
Em Araranguá e os 15 municípios do Sul catarinense que compõem o sindicato, das 21 agências bancárias, 19 aderiram à greve. O sindicato de Criciúma, que também representa outras oito cidades do Sul, afirma que 49 agências estão fechadas.
Das 60 agências de Blumenau e os 10 municípios da região do Vale do Itajaí, que compõem o sindicato, 40 estão fechadas. “Continuamos trabalhando para ampliar o movimento, para os bairros de Blumenau e cidades vizinhos. Os locais que ainda estão em funcionamento são agências menores”, disse o presidente do sindicato dos bancários de Blumenau, Leandro Spezia.
Início da greve
A greve foi deflagrada na última terça-feira (6) em todo país. Na quinta-feira (8), 8.454 agências e 38 centros administrativos estavam fechados, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A paralisação é por tempo indeterminado.
Na sexta (9), bancários de Joinville e de seis cidades do Norte catarinense aderiram ao movimento. Na quinta, os trabalhadores de Criciúma e outras nove cidades do Sul entraram em greve. Bancários do Vale do Itajaí, Oeste e Sul do estado estão em greve desde a deflagração do movimento nacional.
Reivindicações
A categoria rejeitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 6,5% de reajuste sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso.
Eles reinvindicam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras questões, como melhores condições de trabalho.
Atendimento
Em nota, a Febraban lembra que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados) é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.