G1 – A greve dos bancários chega à quarta semana no país nesta terça-feira (4). Em Santa Catarina, asmaiores adesões continuam na Grande Florianópolis, onde dois mil estão em greve, e na região Norte, com 800 adesões.
A greve nacional começou em 6 de setembro e até agora permanece sem avanços. Para esta semana, por enquanto, não há nova rodada de negociação agendada.
Na última quarta-feira (28), os bancários se reuniram com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas o encontro terminou sem acordo, e os grevistas decidiram manter a paralisação.
A greve já é mais longa do que a realizada pelos bancários no ano passado, que durou 21 dias. Segundo a Contraf-CUT, a greve mais longa da categoria na história foi em 1951 e durou 69 dias. Nos últimos anos, a mais longa foi a de 2004, com 30 dias.
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Adesão
Na Grande Florianópolis, dos cerca de quatro mil trabalhadores que atuam na região, ao menos dois mil estão em greve. Conforme o sindicato dos bancários, apesar das filas diante dos caixas eletrônicos e lotéricas, os clientes têm apoiado a greve.
“A meta é ampliar o movimento, quanto mais a greve se estende, mais prejudica a população, temos muitas manifestações de apoio, mas há alguns que começam a se exaltar. Estamos conversando para esclarecer que a culpa não é nossa. Em quatro rodadas de negociações, a Fenaban veio sempre com a mesma proposta que a gente já rejeitou. Os clientes compreendem que a greve é um direito nosso”, afirma Luiz Toniolo, do sindicato dos bancários de Florianópolis.
Serra e Sul
O sindicato dos bancários de Lages, na Serra catarinense, embora não tenha um número de trabalhadores em greve, estima um aumento na adesão, depois do ingresso de agências de Urupema, na mesma região.
De 42 agências instaladas no âmbito da entidade, 25 estão fechadas. “Em princípio, vamos manter o mesmo ritmo nesta terça, até as gerências aderiram ao movimento”, disse o presidente do sindicato Renato Dambroz.
Em Araranguá, dos 250 bancários, 136 estão em greve. Para esta terça-feira, o sindicato pretende concentrar os trabalhadores em frente às agências. “Embora não haja previsão de novas negociações com a Fenaban, nos mantemos firmes em nossas reinvindicações, queremos no mínimo a reposição da inflação”, explica o presidente do sindicato Ricardo Daniel.
Oeste e Norte
O sindicato de Chapecó não informou o número de bancários em greve na região da entidade, mas comunicou que das 70 agências instaladas, 42 estão fechadas.
Em Videira, no Oeste catarinense, o sindicato dos bancários estima que dos 110 trabalhadores que atuam na área da entidade, ao menos 40 estão em greve.
Em Joinville, no Norte de Santa Catarina, dos 1,8 mil trabalhadores dos bancos da região, ao menos 800 estão em greve, segundo o sindicato.
A reportagem do G1 tentou contato com os sindicatos dos bancários de Blumenau e Criciúma, mas até a publicação desta notícia não obteve êxito.