As 1.080 escolas da rede estadual de ensino receberão, a partir desta segunda-feira, 13, mais de 530 mil estudantes na volta às aulas. As novidades deste ano passam pelas diferentes grandes áreas educacionais: pedagógica; gestão e infraestrutura.
O carro-chefe de 2017 é o ensino médio integral ofertado em 16 escolas. O programa terá o estudante como protagonista, como agentes de transformação convidado a ser, conviver, agir e aprender em colaboração com os adultos. As disciplinas tradicionais são integradas em quatro áreas de conhecimento: Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e Ciências da Natureza. “Desta forma, os estudantes aprendem de maneira mais significativa e concreta, articulando teoria e prática. Há horários para cada aula, mas as diferentes matérias são aprendidas de modo articulado”, explica a diretora de Gestão da Rede Estadual, Marilene Pacheco.
Outro diferencial são os núcleos de projetos, nos quais os alunos trabalham voltados a planejar seu futuro, melhorar a realidade em que vivem, pesquisar e estudar. Quem também ganha com este novo modelo são os gestores e professores, que recebem formação para aprimorar suas práticas pedagógicas e de gestão. “Iniciamos o programa em 16 escolas, mas queremos ampliar. Este será o nosso desafio”, destaca Marilene.
Também aumentou o número de escolas com jornada ampliada tanto no ensino fundamental como no médio. No total, 533 escolas passam a ofertar Ensino Médio Inovador integrado ao Programa Estadual de Novas Oportunidades de Aprendizagem (Penoa) e/ou Programa Novo Mais Educação integrado ao Penoa.
Outra novidade é o novo modelo de avaliação do processo ensino-aprendizagem. A recuperação passa a ser paralela e em qualquer tempo durante o ano letivo. Para isso, a escola oferecerá novas oportunidades de aprendizagem, sucedidas de avaliação, quando verificado o rendimento insuficiente por parte do aluno. A aprovação também muda e se dará a partir da média anual igual ou superior a 6,0 em todas as disciplinas.
Quem também interfere no desenvolvimento educacional é a alimentação. Por isso, o Governo do Estado aumentou a compra da agricultura familiar, que este ano terá um investimento de mais de R$ 18 milhões, com 25 cooperativas familiares já habilitadas para fornecer mensalmente os produtos conforme o cardápio das escolas catarinenses. “A inserção da agricultura familiar na alimentação escolar, integra uma política que busca atender de forma mais saudável e sustentável as necessidades nutricionais dos estudantes e fomentar o desenvolvimento do pequeno agricultor”, evidencia o diretor de Articulação com os Municípios, Osmar Matiola. Outro destaque é o novo modelo de contagem da alimentação, que será por meio de tablets e leitor de código de barras. Neste primeiro momento, serão 270 escolas adotando o novo processo.
Na gestão escolar, o ano de 2017 será marcado pela avaliação de todos os gestores escolares. “A avaliação faz parte das ações da SED em observação ao cumprimento do plano proposto, alinhado com o Plano Político Pedagógico da Escola. O objetivo é detectar as fragilidades e aperfeiçoar a gestão dos diretores”, explica o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps.
A infraestrutura também é destaque. Em fevereiro, 12 escolas serão entregues com nova infraestrutura e ao longo do ano a previsão é entregar mais de 50 escolas revitalizadas ou novas.
“Iniciamos o ano letivo com muitas boas novidades. Estamos trabalhando a cada dia para aprimorar a educação catarinense tendo como objetivo maior atingir os indicadores educacionais dos países desenvolvidos. Desejamos aos nossos alunos um bom retorno as aulas e aos nossos professores muito sucesso neste ano letivo que se inicia”, finaliza Deschamps.
Edinéia Rauta
Assessoria de Imprensa SED