Os 27 médicos que atendem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Biguaçu afirmam que estão com vencimentos parcialmente atrasados e resolveram se manifestar. Um cartaz chegou a ser colado na porta, reclamando que estão sem receber seus salários “devidamente” há dois meses.
Por força de contrato, quem deve efetuar os pagamentos é o Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev), que gere o corpo clínico da UPA. Já os enfermeiros, auxiliares de enfermagem e os outros profissionais que lá trabalham são custeados diretamente pela prefeitura.
A Isev informou, nesta terça-feira de manhã, ao Biguá News, que os médicos estão recebendo um valor menor do que praticado anteriormente, pois o instituto não estaria recebendo todo o valor pactuado em contrato com a prefeitura. A crise financeira que impactou o caixa do Poder Executivo municipal teria provocado esse impasse. Mas o instituto afirma que está sendo pago o valor/hora estipulado no contrato de trabalho.
“Devido a essa crise, não estamos recebendo o valor total do município. Então nós da Isev estamos procurando gerir da melhor forma para que os atendimentos na UPA não sejam afetados”, comentou a administração, salientando que tudo será normalizado assim que a prefeitura fizer aporte financeiro.
No entanto, o prefeito Ramon Wollinger rechaçou que sua gestão esteja em débito com o Isev e disse que o instituto deve efetuar o pagamento integral dos salários. Comentou, também, em entrevista ao jornal do meio dia, da TV Record, que analisa medidas para colocar os médicos da UPA na folha de pagamento da prefeitura.
Os médicos têm contrato de prestação de serviços com o Isev até o dia 10 de dezembro. Uma reunião entre os profissionais de medicina e o prefeito está marcada para a noite desta terça-feira, para tentar chegar à resolução do problema.