A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) prendeu cinco pessoas na “Operação Argamassa“, realizada na manhã desta terça-feira (10), em nove cidades de Santa Catarina. Três são de Balneário Camboriú, um de Camboriú outro de Itapema. Uma sexta pessoa que também teve prisão decretada ainda não foi encontrada pelos policiais. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Conforme informações da Polícia Civil, o grupo é acusado de fraudar licitações em Balneário Camboriú, Biguaçu, Bombinhas, Camboriú, Tijucas e Porto Belo. Houve apreensões de documentos nas prefeituras dessa seis cidades. A DEIC apura suspeitas de fraudes em 23 procedimentos licitatórios, entre 2007 a 2018, ligados à fabricação de artefatos de cimento para uso na construção civil.
Além das prisões e das apreensões nas prefeituras já citadas, os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais em Itajaí, Alfredo Wagner e Porto Belo. O trabalho é coordenado pelo delegado Marcus Fraile, da Delegacia de Combate à Corrupção, e é realizado em conjunto com o Ministério Público de Contas.
“O principal problema levantado é que várias empresas com os mesmos donos e familiares combinavam licitações, preços, para fraudar a concorrência”, diz o diretor da DEIC, delegado Luis Felipe Fuentes. Apenas em um dos endereços, em Balneário Camboriú, policiais apreenderam R$ 20 mil.
Os mandados foram expedidos pela Justiça em Porto Belo. As prisões temporárias dos alvos, que são os empresários, são por cinco dias. “O objetivo agora é analisar se os produtos foram entregues ou se houve superfaturamento das obras e se há envolvimento de agentes públicos nas fraudes”, ressalta o delegado Marcus Fraile.
A operação mobilizou 50 policiais da DEIC. Foram apreendidos documentos, celulares, computadores e notebooks que serão periciados. Servidores do Ministério Público de Contas participaram das buscas e auxiliam na análise da documentação.