As inscrições do processo seletivo para contratação de agentes de combate a endemias estão abertas até o dia 14 de dezembro. Os profissionais atuarão diretamente nas vistorias e combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. A Capital segue sem registros de contaminação dentro do próprio território, mas, desde o começo do ano, foram encontrados 242 focos do vetor.
A contratação dos agentes soma-se à intensificação dos trabalhos do Programa de Combate à Dengue, com operações integradas de caça ao Aedes aegypti por todo o verão, envolvendo as principais secretarias da Prefeitura de Florianópolis, a Comcap e a Polícia Militar, entre outras entidades.
A Vigilância Sanitária e Ambiental e a Secretaria Executiva de Serviços Públicos (Sesp) visitam estabelecimentos comerciais para verificação das condições sanitárias – incluindo o risco de criadouros do Aedes aegypti – e da regularização da atividade. Já foram mapeados 185 desses pontos estratégicos, que serão fiscalizados semanalmente.
Proprietários de terrenos baldios também estão no alvo das fiscalizações. A equipe de geoprocessamento da Prefeitura, em parceria com a Vigilância Sanitária e Ambiental, já está mapeando os locais onde há possibilidade de focos do mosquito da dengue. Até agora, são 104 no Continente e 43 na Ilha. Todos receberão, nos próximos dias, uma carta da Prefeitura, comunicando sobre a necessidade de limpeza do terreno.
Nas duas primeiras semanas da força-tarefa, 15 terrenos baldios e estabelecimentos comerciais foram visitados e autuados pela Vigilância Sanitária a fazer a limpeza e a cobertura de material que pode se tornar criadouro do mosquito da dengue. A Sesp e a SMDU também notificam os proprietários para regularização das atividades e limpeza de terrenos.
Aqueles que forem reincidentes serão multados sucessivamente, no mesmo valor, a cada 15 dias, até que o local esteja limpo. Os casos mais graves serão encaminhados ao Ministério Público.
Números
Embora não tenha registrado casos autóctones dessas doenças até o presente momento, Florianópolis encontra-se especialmente vulnerável, seja pela grande e crescente quantidade de focos, seja pelo esperado aumento de pessoas infectadas nos próximos meses (moradores viajando ou turistas vindos de áreas de transmissão). Quatro das cinco regiões do município já registram a presença de Aedes aegipty e a região continental apresenta especial vulnerabilidade, já que concentra mais de 80% dos focos registrados.
A capital catarinense segue sem registros de contaminação de dengue, zika ou chikungunya dentro do próprio território. Como Florianópolis não é área de transmissão dessas doenças (dengue, zika ou chikungunya), não se justifica nenhuma ação restritiva à gestação no momento. O município está atuando em uma grande sensibilização dos serviços de saúde para que identifiquem e notifiquem imediatamente qualquer caso suspeito, o que tem sido monitorado de perto pela Vigilância Epidemiológica.
Denúncias
A Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde é o canal de comunicação da população para denunciar possíveis focos do mosquito transmissor da dengue. Os telefones são (48) 3239-1537 ou 3239-1569. Há também um espaço da ouvidoria para denúncia on-line, na página da Secretaria de Saúde (WWW.pmf.sc.gov.br/entidades/saude).
As denúncias são encaminhadas ao Programa de Combate à Dengue, que faz o trabalho de análise e contenção dos possíveis focos. Em média, levam sete dias para a resposta sobre a reclamação.
A informação é da assessoria.